Eliane Gonçalves Pinheiro, ex-chefe de gabinete do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), não deve comparecer ao seu depoimento inicialmente previsto para a manhã desta terça-feira (5) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira. Ela, segundo seus advogados, teve uma crise nervosa e vai entregar um atestado médico aos integrantes da comissão. Outros três depoimentos estão previstos para hoje.
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Mesmo se comparecer à CPMI, instalada para investigar as relações do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e privados, Eliane deve ficar em silêncio. Ontem, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello concedeu um habeas para assegurar a Eliane o direito de “exercer a prerrogativa constitucional contra a autoincriminação” sem ser presa.
Além de Eliane, também conseguiu um habeas no STF Sejana Martins Guimarães da Silva, uma das proprietárias da empresa Mestra Administração e Participações. É o nome da empresa que consta em cartório como dona da casa em que Cachoeira foi preso em fevereiro, no condomínio Alphaville Ipês, em Goiânia, e que tinha sido comprada por Perillo. A liminar para garantir o direito de não se autoincriminar foi concedida pelo ministro do STF Luiz Fux.
Como o presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), está de licença médica após ser submetido a um cateterismo na sexta-feira (1), os trabalhos serão presididos pelo deputado Paulo Teixeira (PT-SP), vice-presidente da comissão. Também estão previstos para hoje os depoimentos de Walter Paulo Santiago, empresário e um dos proprietários da Faculdade Padrão, para quem Perillo, teria vendido a casa no condomínio Alphaville Ipês. Depois, é a vez de Écio Antônio Ribeiro, o único sócio remanescente da Mestra Administração e Participações.
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