Terezinha Tarcitano *
Talvez pelo fato de ter trabalhado setes anos para a Unesco no Brasil e de ter sido criada por uma mãe professora, tenho bastante afinidade com a área da educação. Educar os meus filhos e tentar ensiná-los os melhores valores também fez parte desse aprendizado. Ao longo desses anos e, por meio de pesquisas apontadas pela Unesco, entendo que o ensino deve estar associado com a afetividade, provocando reflexões e contribuindo para o desenvolvimento da consciência crítica e transformadora do aluno. Sendo o professor um elo fundamental à aprendizagem dos alunos, é imprescindível que exista uma empatia entre ele e o aluno.
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Todas as pesquisas sobre o assunto apontam que, a partir de um bom relacionamento entre o docente e o aluno, a aprendizagem se torna mais eficaz e prazerosa. Para que esse fator aconteça, há de se considerar a fórmula exata para ambos: o respeito mútuo, aliado à confiança. Isso propicia que o aprendiz desenvolva a leitura, a escrita, a reflexão, a aprendizagem e a pesquisa autônoma.
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A interação deve ser estabelecida pelo professor, promovendo, de início, um laço empático. Se ele consegue atrair a atenção do aluno, com certeza este se mostrará receptivo às explicações e ao material didático. O aprender se torna mais interessante quando o aluno se sente competente pelas atitudes e métodos de motivação em sala de aula. O prazer pelo aprender não surge espontaneamente nos alunos, pois muitos associam a tarefa com obrigação. Logo, a afinidade deve estar em primeiro plano entre o mestre e o aluno.
De acordo com o atual diretor do Instituto Paulo Freire em São Paulo, Moacir Gadotti, “o educador, para pôr em prática o diálogo, não deve colocar-se na posição de detentor do saber, deve, antes, colocar-se na posição de quem não sabe tudo, reconhecendo que mesmo um analfabeto é portador do conhecimento mais importante: o da vida”.
Dessa forma, é recomendável que o docente pratique a arte de dialogar com os alunos, colocando-se, algumas vezes, no mesmo patamar deles. A troca de conhecimentos e de experiência de vida é fundamental nesse processo. Afinal, somos todos falíveis, e podemos estar sempre aprendendo com novas experiências. A construção de pontes entre quem ensina e quem aprende passa pela capacidade de ouvir, refletir e interagir. Talvez este seja o segredo em qualquer relação: saber falar e calar na hora certa, promovendo sempre um diálogo edificante.
Por ser o professor um facilitador de conhecimento, ele detém um poder imenso em suas mãos: de formar futuros profissionais e pessoas de bom caráter. Os alunos costumam se espelhar muito no docente. Segundo Paulo, Freire, “o professor autoritário, o professor licencioso, o professor competente, sério, o professor incompetente, irresponsável, o professor amoroso da vida e das gentes, o professor mal amado, sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio, burocrático, racionalista, nenhum deles passa pelos alunos sem deixar sua marca”.
É absolutamente importante o papel dos professores no processo de ensino e aprendizagem dos alunos. Não é uma missão fácil, mas digna de aplausos. Mais que uma missão, quase um sacerdócio!
* Formada em Jornalismo pela Universidade Estácio de Sá em 1986, atua na área de assessoria de imprensa há mais de 20 anos. Criou e dirige a TTarcitano Assessoria de Comunicação . E-mail terezinhatarcitano@yahoo.com.br
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