O Partido Humanista da Solidariedade (PHS) lançou o personagem “Macaco Tião” como candidato a deputado federal em 12 unidades da federação. O objetivo da iniciativa, segundo o partido, é dar continuidade nas urnas às manifestações de rua ocorridas no Brasil no ano passado. Esses candidatos que utilizam a figura do “Macaco Tião” estão usando o número 3171, em referência ao envolvimento de políticos em esquemas de corrupção, e até ao placar da derrota da seleção brasileira de futebol para a Alemanha na última Copa — 171 (artigo do Código Penal) e sete gols a um.
“O intuito é utilizar o voto de protesto em massa como fizeram o Tiririca, Enéias, Ratinho, Romário, Bebeto, Jean Wyllys, Popó e outras pessoas de fora da política que foram muito mais atuantes do que a maioria dos políticos tradicionais. Além disso, eles não se envolveram com corrupção”, diz nota divulgada pelo responsável pelo projeto, o publicitário Tiago Adaldo.
O PHS lançou a candidatura de pessoas comuns utilizando o personagem “Macaco Tião” no Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, Tocantins, Pará e no Distrito Federal.
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A inspiração veio do caso do chimpanzé Tião, que, em 1988, teve a candidatura à prefeitura do Rio de Janeiro (RJ) lançada pelo jornal “O Planeta Diário” e a revista “Casseta Popular”. Outra inspiração foi o movimento italiano “Cinco estrelas”, lançado em 2009 pelo comediante Beppe Grillo com a finalidade de tirar figuras tradicionais do poder em favor de cidadãos comuns. Conforme dados disponibilizados no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), três pedidos de registro de “macaco Tião” foram indeferidos. O do Pará não foi localizado.
A nota diz que as campanhas dos candidatos, por exemplo, não usam cavaletes, placas e adesivos e que “custarão em todos os estados menos de 1% da média gasta para eleger somente um deputado federal”. “O principal mecanismo para divulgar os candidatos é o compartilhamento de vídeos em redes sociais”. Apesar disso, eles apresentaram estimativas de gastos superiores a R$ 1 milhão. O Congresso em Foco não conseguiu contato com Adaldo.
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