Em seu programa semanal de rádio, a presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (22) que o governo pretende abrir mais de 1,2 milhão de matrículas nas universidades federais até 2014, último ano de seu atual mandato. No ensino técnico, a meta é chegar a 600 mil matrículas nos próximos três anos. Para alcançar esses números, o governo deve abrir quatro novas universidades (no Pará, na Bahia e no Ceará), 47 novos campi universitários e 208 unidades de institutos federais de educação, ciência e tecnologia.
A expansão faz parte da terceira do Plano de Expansão da Rede Federal de Educação. “Nós estamos agindo rápido para recuperar o tempo perdido. Se queremos que o nosso país ocupe um lugar de destaque no mundo, se queremos um país justo, um país rico, sem pobreza, se queremos que nossos filhos e netos se desenvolvam, temos de dar um grande salto de qualidade no nosso ensino e na formação de nossos jovens. E é isso que estamos fazendo”, disse a presidenta.
Segundo ela, o número de escolas técnicas criadas entre 2003 e 2010 é superior ao criado entre 1909 e 2002. No governo Lula, destacou Dilma, foram abertas 214 instituições técnicas ante as 140 instaladas nos 93 anos anteriores. “Fazendo as contas você vai ver que o governo Lula fez mais do que nos cem anos anteriores e que agora nós também faremos mais do que nos cem anos anteriores”, ressaltou a presidenta.
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Leia a íntegra do Café com a Presidenta:
“Apresentador: Oi, gente, eu sou o Luciano Seixas e estou aqui para mais um Café com a Presidenta, o nosso encontro semanal com a presidenta Dilma Rousseff. Bom dia, presidenta!
Presidenta: Bom dia, Luciano! Bom dia a todos os nossos ouvintes que nos acompanham nesta manhã.
Apresentador: Hoje temos um Café especial, não é, presidenta?
Presidenta: É sim, Luciano, nós temos hoje um Café especial.
PublicidadeApresentador: O governo deu mais um passo na educação ao anunciar a criação de novas universidades e escolas técnicas em todo o Brasil.
Presidenta: É verdade, Luciano, foi um passo muito importante, porque entramos na terceira fase do Plano de Expansão da Rede Federal de Educação, que é formada tanto por universidades, Luciano, quanto por Institutos Federais de Educação Profissional, Ciência e Tecnologia – os chamados Ifets. Até 2014, vamos inaugurar quatro novas universidades federais, no Norte e no Nordeste. E vamos estender as universidades que já existem, criando 47 novos campi pelo país afora. E tem mais, vamos criar mais 208 escolas técnicas, em 200 municípios. Estamos criando condições para formar engenheiros, médicos, agrônomos, professores, dentistas e técnicos das mais diversas especializações, em municípios dos mais diferentes tamanhos, em todas as regiões.
Apresentador: Como foram escolhidos os municípios que vão receber essas escolas de nível superior?
Presidenta: Utilizamos vários critérios para fazer esta seleção, Luciano. Primeiro, demos prioridade a municípios com mais de 50 mil habitantes, em microrregiões onde não existiam escolas da rede federal e no interior do Brasil. Segundo, tivemos a preocupação, Luciano, de atender municípios com elevado percentual de extrema pobreza. Terceiro, Luciano, focamos em um grupo de municípios que têm mais de 80 mil habitantes, mas, nos quais, a prefeitura, muitas vezes, arrecada pouco e tem muita dificuldade de investir em educação. Sabe, Luciano, a expansão da rede federal de educação vai promover uma grande mudança social em nosso país, a mudança pelo conhecimento.
Apresentador: E essa transformação passa pela interiorização da rede federal de educação, não é, presidenta?
Presidenta: É isso mesmo, Luciano. Antes, para realizar o sonho de ter uma profissão, o jovem tinha que sair de casa, viajar para estudar na capital ou nos grandes centros urbanos. Agora, o ensino universitário, o ensino tecnológico está indo onde o cidadão mora ou nas suas vizinhanças. O nosso esforço é para que cada canto do país tenha, por perto, uma faculdade e uma escola técnica ou tecnológica. Jovens do interior, assim como os dos capitais, vão ter a oportunidade de se transformar em profissionais qualificados, e vão ajudar a desenvolver o país.
Apresentador: Como a senhora falou, presidenta, essa é a terceira fase do plano. A expansão da rede federal já vinha ocorrendo, não é mesmo?
Presidenta: Já sim, Luciano. Esse processo começou no governo Lula. Entre 2003 e 2010, foram criadas 14 universidades federais e 126 novos campi universitários. O número de escolas técnicas também cresceu muito nos últimos anos. Entre 1909, Luciano, quando foi criada a primeira escola técnica, e o ano de 2002, foram abertas apenas 140 escolas técnicas. Entre 2003 e 2010, foram 214 novas escolas técnicas. Fazendo as contas você vai ver que o governo Lula fez mais do que nos cem anos anteriores e que agora nós também faremos mais do que nos cem anos anteriores.
Apresentador: Traduzindo tudo isso em número de vagas, presidenta, quantos alunos devem se matricular no ensino superior nos próximos anos?
Presidenta: Até 2014, Luciano, a nossa meta é chegar a 1,2 milhão de matrículas nas universidades federais. Queremos chegar a 600 mil matrículas nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Nós estamos agindo rápido para recuperar o tempo perdido. Se queremos que o nosso país ocupe um lugar de destaque no mundo, se queremos um país justo, um país rico, sem pobreza, se queremos que nossos filhos e netos se desenvolvam, temos de dar um grande salto de qualidade no nosso ensino e na formação de nossos jovens. E é isso que estamos fazendo.
Apresentador: Esse salto que o Brasil está dando na educação, criando mais oportunidades para os brasileiros, também nos ajudará a enfrentar as crises da economia mundial, não é, presidenta?
Presidenta: É claro, Luciano! Nós temos que ter consciência de que estamos vivendo uma situação mundial de muitas turbulências lá fora. Estamos preparados para atravessar esse momento de instabilidade econômica mundial, mas não podemos descuidar, temos que enfrentar os desafios de hoje sem tirar os olhos do amanhã. Por isso, o nosso esforço para dar o salto na educação, o salto tecnológico, o salto para o Brasil competitivo, capaz de produzir, de inovar e de gerar oportunidades e riquezas para todos os brasileiros.
Apresentador: Obrigado, presidenta, por mais essa conversa. E até semana que vem!”
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