Consultores legislativos da Câmara afirmaram ao presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PTB-SP), que não há necessidade de o processo de cassação do deputado José Dirceu (PT-SP) voltar à fase de instrução, como querem os advogados de defesa do ex-ministro. Izar saiu há pouco de uma reunião com consultores da Câmara para analisar os termos da decisão do ministro Eros Grau, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Eros Grau determinou na semana passada que parte do parecer do deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que continha dados sigilosos sobre Dirceu, fosse suprimida. Izar confirmou a leitura do novo parecer de Delgado logo mais para as 14h30. O presidente do conselho acredita que, se houver quorum para as sessões desta semana, o conselho poderá votar o processo ainda na sexta-feira, quando já teria sido o cumprido o prazo para uma eventual vista do processo. A deputada Angela Guadagnin (PT-SP) deve novamente pedir vistas ao processo.
Mesmo com a decisão do STF, Izar acredita ser possível votar a cassação de Dirceu no dia 9. De todo modo, ele anunciou que, por precaução, vai pedir a prorrogação por mais 30 dias dos prazos para análise dos processos contra Dirceu, Sandro Mabel (PL-GO) e Romeu Queiroz (PTB-MG). O processo dos três vence na próxima semana.
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