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Ao contrário da CPI mista que tem poder coercitivo para convocar, o conselho pode apenas convidar algum indicado pela acusação ou pela defesa. Além de Cachoeira, o advogado Ruy Cruvinel também rejeitou o convite, por questões de privacidade. Ele deveria ter sido ouvido ontem, mas não compareceu.
O presidente do colegiado, Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), deu início à reunião e leu o ofício enviado pela defesa do contraventor declinando o convite. “Como não há uma forma de se obrigar uma testemunha a vir depor, iremos prosseguir nos nossos trabalhos e na semana que vem ouviremos o Demóstenes”, disse Valadares pouco antes de encerrar a reunião.
O advogado de Demóstenes, Antonio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, acompanhou a sessão e garantiu que o senador estará presente na semana que vem. Para ele, as ausências das testemunhas não chegam a atrapalhar a defesa do senador. “Espero que os questionamentos sejam feitos em cima da representação [apresentada pelo Psol e que deu início ao processo de investigação no conselho]. O senador quer vir falar ao Conselho. Ele vem com certeza”, disse. O advogado ressaltou que a presença do senador no conselho se dá no âmbito de um julgamento político, e por isso ele não produziria provas contra si, o que poderia prejudicá-lo em um julgamento penal.
Para o relator do processo no conselho, senador Humberto Costa (PT-PE), as declarações de Demóstenes Torres serão as mais importantes para a conclusão de seu relatório. “Existe exatamente o espaço para o depoimento para que ele possa esclarecer fatos, defender-se de acusações e, como tal, eu estou inteiramente aberto para confrontar as denúncias com a defesa dele e elaborar um relatório levando em consideração tudo isso”, disse.
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