O deputado, ex-governador do Mato Grosso, foi denunciado no inquérito 3162 pela Procuradoria-Geral da República como mandante de dois assassinatos. O geólogo Nicolau Haraly e o empre- sário Antônio Ribeiro Filho foram mortos em São Paulo após questionarem a transferência fraudulenta da fazenda Cedrobom. Segundo a acusação, a propriedade foi transferida para pessoas que admitiram ser “laranjas” do deputado.
A denúncia é embasada na quebra de sigilo telefônico dos assassinos, dos contratantes das mortes e do próprio Júlio Campos. Horas depois da morte das vítimas, há troca de telefonemas entre os suspeitos. A PGR sustenta que o deputado pagou R$ 100 mil apenas para encomendar um dos homicídios, a cargo de um policial civil.
Júlio Campos rechaça a denúncia, ainda não analisada pelos ministros do Supremo. “Ninguém que me conhece acredita nessa possível hipótese. Jamais cometeria um troço desses”, afirmou ele ao Congresso em Foco em 2011. Júlio Campos ainda é investigado por crimes eleitorais e falsificação de documento nos inquéritos 3574 e 3290.
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