O ex-reitor da Universidade de Pelotas (UFPel), Pedro Hallal, ciritou diante da CPI da Covid a decisão do Ministério da Saúde de interromper, sem explicações, o Epicovid, um estudo epidemiológico de porte nacional sobre o avanço da pandemia da covid no Brasil. A nova fase desse estudo teria custo de R$ 12 milhões. Após a supensão do financiamento o governo anunciou outro, ao custo de R$ 200 milhões que foi, posteriormente, cancelado.
De acordo com Hallal, o escopo dos estudos são os mesmos. “Esse novo estudo nos chamou atenção, porque o tamanho do estudo era praticamente igual ao nosso, era só em capitais e regiões metropolitanas, diferente do nosso que pegou o interior do Brasil. Aliás, os resultados mais interessantes foram obtidos nas cidades de Tefé, no Amazonas, e de Breves, no Pará, cidades que não entrarão nesse novo estudo,com o custo de R$200 milhões”, disse.
Segundo o pesquisador, a justificativa para a troca foi explicada aos envolvidos nas pesquisas através da imprensa. “Nós pesquisadores ficamos sabendo pela mídia, nunca fomos comunicados. E a explicação dada pelo ministro Pazuello, à época, não tinha nenhum critério técnico. Basicamente, ele disse que fariam outros estudos, que optaram por não continuar com aquele e fariam outros”, explicou.
O pesquisador falou, ainda, que entre junho de 2020 e março de 2021 não houve investigação de campo,o que dificulta mensurar a realidade epidemiológica da Covid no Brasil.
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Os senadores enfatizaram que a informação fornecida por Pedro Hallal deve ser investigada pelo colegiado. “Isso me parece mais uma desmedida: se faz um estudo, num ano, com 12 milhões; e um estudo semelhante por 200 milhões, só nas regiões metropolitanas, o que é mais barato. Precisamos ter informações sobre essas questões”, disse o senador Rogério Carvalho (PT-SE).
“É mais uma demonstração de que não faltou dinheiro, porque o Congresso garantiu o espaço fiscal. E o fato de não ter faltado dinheiro não exigiu critérios de transparência na hora das aquisições dos programas”, completou o relator Renan Calheiros (MDB-AL).
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