O ex-líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (PSL-GO), chegou na comissão especial que trata da Previdência dos militares e foi ovacionado pelos praças que lotam a sala. O deputado da ala bivarista do partido disparou: “Bolsonaro defendia soldados e cabos e agora não? Vamos ver aqui o que os parlamentares que estão aqui vão fazer, mas terão meu voto e meu apoio”, disse o deputado.
No último dia 2, líder do governo na Câmara confessou que foi uma opção da equipe econômica do presidente privilegiar as altas patentes. “Houve uma preocupação do governo federal de fazer algo que fosse voltado para o privilégio do mérito, da meritocracia, da permanência dos militares nas forças e para privilegiar aqueles militares que têm um desempenho melhor na carreira”, justificou Vitor Hugo (PSL-GO).
“Então aqueles militares que fazem cursos ao longo da carreira, tanto de formação, aperfeiçoamento, altos estudos 1 e 2, vão ter proporcionalmente um aumento maior”, explicou.
Este é um dos principais pontos de desentendimento entre os militares das baixas patentes, como cabos e soldados, e o governo.
O texto-base da proposta que muda o sistema de proteção social dos militares já foi aprovado na última quarta-feira (23) pela comissão especial da Câmara que analisa o assunto. Os destaques, todos referentes a mudanças na remuneração das Forças Armadas, serão votados nesta terça-feira (29).
A briga entre Bolsonaro e Waldir se tornou pública após a declaração de Bolsonaro para que um seguidor esquecesse o presidente do partido, Luciano Bivar. Após isso Bolsonaro foi flagrado em um áudio articulando a derrubada de Waldir da liderança da agremiação na Câmara. Delegado Waldir também foi flagrado com a divulgação de outro áudio dizendo que iria implodir o presidente.
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