O ex-deputado federal Laerte Bessa (DF) ofendeu, agrediu fisicamente e ameaçou de morte o porteiro e o síndico do condomínio onde mora, em Águas Claras (DF), cidade localizada a 17 km do Plano Piloto. Delegado da Polícia Civil aposentado, Bessa se irritou após o porteiro não autorizar a entrega de uma refeição em seu apartamento depois do horário permitido pelos moradores do prédio. O episódio ocorreu na noite dessa terça-feira (12). Após ser informado pelo interfone de que entregadores não poderiam subir depois das 23 horas, o ex-deputado desceu até a portaria, deu um chute no porteiro e o insultou. “Seu bosta (…). Você quer morrer? Eu te mato aqui agora, seu filho da puta”, ameaçou. “Te dou um tiro na cara!”
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Bessa também dirigiu sua fúria contra o síndico do prédio, que desceu de seu apartamento por exigência do ex-deputado. O morador também foi xingado e recebeu chutes e empurrões do delegado aposentado. “Sou o cara mais amigo de todo mundo aqui. Você não pode fazer isso comigo, não, seu cachorro”, disse, aos gritos. “Então vou passar fome? Cachorro. Você me respeita”, emendou. O policial aposentado ainda ironizou: “Chama a polícia”.
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O porteiro e o síndico registraram ocorrência na 21ª Delegacia. O Congresso em Foco não localizou o ex-deputado. Laerte Bessa exerceu dois mandatos consecutivos na Câmara, onde atuou, sobretudo, na bancada da bala. No ano passado, filiado ao PL, não conseguiu se reeleger.
Este não é o primeiro episódio de violência envolvendo o ex-deputado. Em 2018 Bessa foi acusado de dar um soco no então subsecretário de Articulação Federal da Casa Civil do Distrito Federal, Edvaldo Dias da Silva. Ainda em novembro do ano passado, ele trocou empurrões com o ex-deputado Alberto Fraga (DEM-DF).
Bessa também respondeu a processo de cassação na Câmara, em 2016, por xingar o então governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB). O caso acabou arquivado. Em 2017 ele foi denunciado por um grupo de deputados por ter admitido, em discurso na Câmara, a prática de tortura. “Eu queria perguntar a ele [deputado Jean Wyllys, Psol-RJ] se conhece direitos humanos. Direitos humanos é um porrete de pau de guatambu que a gente usou, muitos anos, em delegacia de polícia. Se ele conhece rabo de tatu, que nós também usamos em bons tempos de delegacia de polícia”, disse Bessa em plenário.