O Ministério da Saúde deixou expostos dados de mais de 200 milhões de brasileiros, beneficiários do SUS e de planos de saúde privados, por ao menos seis meses. O vazamento dos dados era possível a quem tivesse o conhecimento mínimo das ferramentas de um navegador de internet.
O assunto é um dos destaques da edição desta quarta-feira (2) do jornal O Estado de S. Paulo, que revelou a existência de uma falha na base de dados do ministério capaz de permitir o acesso a informações pessoais de 240 milhões de perfis (o número é maior que o da população brasileira atual, uma vez que contém dados de pessoas mortas).
Dados como CPF, endereço e data de nascimento de pessoas como o presidente Jair Bolsonaro, do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux e de Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, foram encontradas na base. O sistema chamado de e-SUS-Notifica, foi construído por uma empresa privada, a Zello.
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Apesar de o sistema ter sido desenvolvido por um ente privado, há previsão na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) para que o governo seja responsabilizado pelo vazamento de dados.
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