A Polícia Federal realiza operação de busca e apreensão em duas unidades da Precisa Medicamentos, em Barueri e Itapevi, em São Paulo. A operação foi pedida pela CPI da Covid e autorizada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os policiais buscam informações relativas ao contrato entre a Precisa Medicamentos e a empresa indiana Bharat Biotech, assim como todos os documentos relacionados a este contrato.
“A CPI buscou de todas as formas obtenção dessas informações junto à empresa e ao Ministério da Saúde, não obtendo êxito. Devido a isso, se fez necessária a utilização deste instrumento judicial”, diz nota assinada pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), pelo vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e pelo relator, Renan Calheiros (MDB-AL).
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O contrato para a compra da Covaxin, no valor de R$ 1,6 bilhão para a compra de 20 milhões de doses, é investigado pelo Ministério Público Federal, pelo Tribunal de Contas da União e pela Polícia Federal. Embora o dinheiro tenha sido reservado pelo governo federal, o contrato acabou cancelado após a divulgação de suspeitas de irregularidades.
O ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias, em depoimento à PF, qualificou como “atípico” o processo de importação da vacina Covaxin pelo governo federal, intermediado pela Precisa. O contrato indicava uma empresa sediada em Cingapura para receber o dinheiro.
Prestes a ser ouvido pela CPI da Covid, o diretor institucional da Precisa Medicamentos, Danilo Trento, fez movimentações financeiras incompatíveis com seus rendimentos, de acordo com relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Ele chegou a receber R$ 2 milhões por mês. “Para mim, o depoimento mais importante que ainda vamos fazer é o de Danilo Trento. Ele é o autor da arquitetura ideal, que mostra como fraudar licitações. É o arquiteto do crime”, considera Randolfe Rodrigues. A CPI também suspeita da relação entre o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), com a Precisa.
PublicidadeEm agosto a CPI quebrou os sigilos fiscal e bancário de Barros e de Francisco Maximiano, sócio-presidente da Precisa. Amparado por um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Maximiano se recusou a responder aos questionamentos dos senadores na CPI.
Lobista da Precisa passa a ser investigado pela CPI da Covid
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