Durante a sessão desta quinta-feira (18) da Câmara, os deputados foram surpreendidos pelo anúncio da morte do morte do senador Major Olímpio (PSL-SP) em decorrência da covid-19. Ele é o terceiro senador a morrer da doença.
A pedido do deputado Coronel Tadeu (PSL-SP), colega de partido do senador, a Casa silenciou por um minuto em luto ao falecimento do político.
Parlamentares fizeram críticas à lentidão do programa de imunização e à condução da crise pelo governo Federal. A deputada Perpetua Almeida (PCdoB-AC) lembrou dos quase 300 mil brasileiros mortos desde o início da pandemia e afirmou que o falecimento do senador é “mais uma morte que cai no colo do presidente Jair Bolsonaro“. Para ela, a morte do senador mostra o quanto “estamos à mercê desta doença”.
Na sequência, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) lamentou a morte do parlamentar.
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“Nós estamos em guerra, deputada Celina, uma guerra contra algo microscópico, que a gente não vê, mas que consegue levar muitas vidas, principalmente, porque o combate a ele não é feito de forma correta. Nós temos aliados deste vírus dentro do governo. O governo induz, infelizmente, a um comportamento errático, não confronta esse inimigo da vida, ao contrário, nós estamos perdendo muita gente inclusive os nossos colegas de parlamento”.
A deputada Joênia Wapichana (Rede-RR) se solidarizou aos familiares do senador e de outras vítimas da doença. Ela lembrou das mortes pela covid-19 diante da falta de leitos de UIT.
“Muitos ainda não entendem que nós estamos vivendo tempos difíceis e muito grave que hoje já somam as mortes de muitas pessoas inclusive que vivem em comunidades indígenas. Nós não podemos banalizar, nós não podemos nos acomodar”, falou a parlamentar.
A deputada Alice Portugal (PCdoB – BA) falou em como líder da Minoria ao prestar homenagens ao senador. Ela recordou que Brasil é o país que acumula a maior média móvel de morte no mundo causadas pela doenças.
Ela lembrou que o senador “foi um homem enérgico que defendeu as suas opiniões com coragem e é mais uma vítima da covid-19, nós temos a responsabilidade de tomarmos pulso da situação sanitária do Brasil. O Major Olímpio, muito próximo de todos nós, cada vez mais a doença chega perto de todos nós”.
Ela criticou a condução da pandemia pelo governo federal defendendo ainda a tomada de “medidas de guerra” pelo parlamento. Para ela, o governo erra ao tratar o cronograma de vacinação contra a covid-19 como um cronograma de vacinação preventivo a uma doença já controlada. “Estamos diante de um governo sem coração, de um presidente da República que parece não haver sentimento humano na sua construção pessoal”, afirmou ao pedir mais ação do parlamento. Na sequência, a sessão foi encerrada em homenagem ao senador.
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Militar da alta patente, eleito pelo PSL, a base do governo Bolsonaro, e este sequer teve a decência de enviar uma nota de pêsames. Tudo porque, na sua mente de psicopata genocida, o a morte do Major por covid vai lhe atrapalhar na sua reeleição. Mas, claro, os militares vão passar mais esse pano pro mito. Afinal de contas, ele emprega centenas deles com regalias sem fim em seu governo – saiu reportagem desta semana, baseada no Portal da Transparência que Bolsonaro vive tentando acabar com ele, que muitos desses militares em seu governo acumulam benefícios que fazem seus rendmimentos mensais chegarem a mais de DUZENTOS MIL REAIS.