O governo da Bahia anunciou nesta sexta-feira (11) um acordo de cooperação para o fornecimento de até 50 milhões de doses da vacina russa Sputnik V. O acordo permitirá que ao estado comercialize, por meio da Bahiafarma, a vacina em território brasileiro, com a possibilidade de entrega a partir de novembro de 2020, desde que aprovada pelos órgãos reguladores do país.
O estado se une ao Paraná, que já havia anunciado, em agosto, a parceria com os russos. O governo paranaense disse que vai submeter o protocolo de validação da fase 3 de estudos clínicos da Sputnik V no país à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) até o final de setembro. Depois de aprovado pelos órgãos regulatórios, a previsão é que o início dos testes aconteça até o final de outubro.
À princípio vista com desconfiança pela comunidade científica, a Sputnik V não teve efeitos adversos e induziu resposta imune segundo resultados preliminares publicados na revista científica “The Lancet”no início do mês. Os cientistas russos, entretanto, reconheceram a necessidade de mais testes para comprovar a eficácia da vacina.
AstraZeneca
Na terça-feira (8) o mundo se surpreendeu com a suspensão dos testes da vacina do laboratório AstraZeneca, realizados em parceria coma Universidade de Oxford. Os testes causaram reação adversa grave em uma das voluntárias no Reino Unido.
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O laboratório firmou recentemente uma parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para produzir o imunizante no Brasil. O país já está testando voluntários e o governo federal abriu crédito de cerca de R$ 2 bilhões para a Fiocruz receber, processar, distribuir e passar a fabricar a vacina, além de transferir tecnologia para Bio-Manguinhos.
PublicidadeA Anvisa afirmou que no Brasil não há relato de eventos adversos graves em voluntários e que está em contato com o laboratório para ter acesso à totalidade das informações e interlocução com outras autoridades de medicamentos no mundo.
O objetivo, diz a Anvisa, é verificar se, de fato, o efeito inesperado tem relação com a vacina aplicada. “Essa investigação é conduzida por um Comitê Independente de Segurança, obrigatório para qualquer estudo clínico regulatório, composto por pesquisadores internacionais que não estão vinculados ao estudo e que tem por função avaliar o caso e julgar a causalidade do evento adverso”.
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