Alvo da CPI da Covid e de outras investigações, a vacina Covaxin teve a autorização de importação e distribuição suspensa pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A decisão cautelar foi tomada, por unanimidade, nesta manhã pela diretoria colegiada do órgão. De acordo com a Anvisa, a suspensão se dará até que novas informações “permitam concluir pela segurança jurídica e técnica da manutenção da deliberação que autorizou a importação”.
A Covaxin está no centro das denúncias feitas pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) e pelo irmão dele, Luís Ricardo, servidor do Ministério da Saúde, de irregularidades na negociação do imunizante.
As suspeitas envolvem a empresa Precisa Medicamentos, apontada como representante no Brasil da farmacêutica indiana que fabrica a vacina, Bharat Biotech. Na semana passada, a farmacêutica anunciou o rompimento da parceria com a Precisa e citou que documentos fornecidos ao Ministério da Saúde por ela não eram autênticos.
A Anvisa informou que o relator da matéria, o diretor Alex Machado Campos, considerou que a perda de legitimidade da empresa Precisa para atuar perante a Agência pode influenciar no cumprimento dos requisitos e condicionantes da importação.
“A decisão levou em conta ainda notícias de que documentos ilegítimos podem ter sido juntados ao processo de importação, o que pode impactar as conclusões quanto aos aspectos de qualidade, segurança e eficácia da vacina a ser utilizada na população nacional”, informou a agência. Ontem, a Anvisa também anunciou o cancelamento de estudo clínico sobre a Covaxin.
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