O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que deve ser indicado por seu pai, o presidente da República Jair Bolsonaro, ao cargo de embaixador do Brasil nos EUA, protagonizou uma discussão pouco amistosa no Twitter, neste fim de semana, com o economista e comentarista político Rodrigo Constantino, um dos fundadores do Instituto Millenium.
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Nas eleições de 2018, Constantino defendeu o ‘voto útil’ em Bolsonaro contra o PT e nos últimos meses tem sido mais uma das vozes da ala conservadora da política brasileira a criticar o governo bolsonarista.
A discussão começou no sábado (31), após Constantino postar que chamaria o presidente de ‘mito’ se ele mudasse o comportamento dele em relação a seus filhos. “Se Bolso chamasse os filhos: 01, vc se meteu com Queiroz e é problema teu, vou vetar integral e que se dane; 02, a partir de hj vc está proibido de escrever nas redes sociais, só videogame; 03, cancelado o presente de aniversário, esquece embaixada. Aí eu chamava de MITO!”, escreveu na rede social.
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Em seguida, Eduardo Bolsonaro respondeu a postagem do comentarista político questionando a carreira dele no mercado financeiro.
1:10, Eduardo Bolsonaro AFIRMOU que eu era o responsável pela análise econômica do banco onde eu era ESTAGIÁRIO de análise de EMPRESAS aos 23 anos. Quando eu ameacei com processo pela calúnia, o covarde MENTIU às 1:56, minutos depois, negando o que disse. Mentiroso! pic.twitter.com/Ay755YPleF
Publicidade— Rodrigo Constantino (@Rconstantino) September 1, 2019
O bate boca terminou com Constantino acusando o deputado de “filhinho de papai mentiroso” e argumentando que a postura de Eduardo Bolsonaro na redes sociais vai fazer ‘afundar’ o projeto de assumir a embaixada.
Por exemplo: era só saber que nasci em 76 para se dar conta de que não poderia, aos 23, ser responsável pela análise econômica do Marka, onde nunca trabalhei. Esses assessores jovens e ambiciosos, inspirados em gurus terraplanistas, ainda vão afundar de vez o sonho da embaixada.
— Rodrigo Constantino (@Rconstantino) September 1, 2019
O comentarista político, que se considera um “crítico construtivo”do governo Bolsonaro, ainda enfrentou ataques de apoiadores do deputado nas redes sociais e criticou a postura de Eduardo, perguntando o que o deputado seria capaz de fazer se tivesse mais poder. Constantino fez referência aos campos de trabalhos forçados onde a União Soviética confinava pessoas condenadas por crimes, inclusive presos políticos e aquelas de discordavam do regime. Gulag era a sigla informal para Administração Central dos Campos. Os campos foram expandidos durante o governo de Stálin.
Aos que falam em “picuinha”: se o deputado mais votado do país, filho do presidente da República, e talvez futuro embaixador dos EUA (se os senadores não tiverem juízo) usa sua militância virtual para DIFAMAR um crítico construtivo com mentiras, o que faria com mais poder? Gulag?
— Rodrigo Constantino (@Rconstantino) September 2, 2019
>Eduardo diz a senadores que se preparou “a vida toda” para ser embaixador
As olavetes que se entendam, não me meto nisso.
Estou com o Constantino! Eduardo não tem preparo para assumir uma embaixada desse porte (e nem mesmo a de alguma ilha perdida no Pacífico).
O grande problema do nosso Presidente é q ele se considera o dono do Brasil, leva tudo para o lado pessoal e não encontra assessoria q o enquadre como Presidente da República. A nomeação desse fritador de hamburguer é um exemplo de prepotência e isso ainda o arruinará.
Resumo: se não mudar, Bolso será impedido no início do segundo ano de governo.
E aquilo quer ser embaixador!