Pedro Bial criticou o documentário brasileiro Democracia em Vertigem, dirigido por Petra Costa, que concorre a uma estatueta do Oscar no domingo (9). Para o jornalista, o documentário trata de uma “ficção alucinante” e afirma durante uma entrevista a Rádio Gaúcha que reagiu com gargalhadas ao longa metragem.
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“Eu dei muita risada. É um ‘non sequitur’ [expressão em latim para “não se segue”] atrás do outro. Tira conclusão de que algo leva a outro sem a menor relação causal. O filme vai contando as coisas num pé com bunda danado. Uma narração miada, insuportável, ela [Petra] fica chorando o filme inteiro”, comentou em entrevista.
O documentário narra episódios da história política recente do país, que culminou no segundo impeachment da história brasileira, no qual a presidente Dilma Rousseff foi destituída do seu cargo sob a acusação de crime de responsabilidade.
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Apesar das críticas, o jornalista admite que o filme foi bem executado e por isso recebeu a indicação ao Oscar. “Acho que tem chance de vencer. Depois que vi Indústria Americana, acho que a academia dá o prêmio ao filme brasileiro”, afirmou.
Regina Duarte e a Secretaria de Cultura
Na entrevista, ele abordou também a indicação de Regina Duarte para Secretaria de Cultura do Governo Bolsonaro, após Roberto Alvim ser destituído do cargo por fazer referências ao nazismo. Para Bial, a maior parte da classe artística apoia a atriz no cargo, porém com ressalvas. Para ele, há um certo receio de que o apoio se confunda com respaldo do governo disse em entrevista a rádio.
O jornalista admite também que a cultura tem relevância para geração de empregos no país.”Muitos empregos são gerados diretamente ou indiretamente em cada manifestação cultural. Sem falar que é um jeito de a gente se enxergar”, afirmou.
* Com informações da Gaúchazh.
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