Em coletiva de imprensa realizada em São Paulo nesta segunda-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), se pronunciou sobre a campanha judicial movida por ele contra veículos de imprensa que noticiaram as denúncias de agressão e abuso sexual movidas sua ex-esposa, Jullyene Lins. De acordo com ele, não se tratou de uma tentativa de censura.
“Eu sou contra censura. Mas uma coisa que é inverídica, que já foi julgada no Supremo Tribunal Federal, você querer requentar e fazer uma mídia em cima disso, qualquer um de nós tem o direito de se defender. O que eu pedi é que a gente respeite, por favor, as coisas que já foram julgadas e reconhecidas como inverídicas”, afirmou o parlamentar.
Jullyene denunciou Lira por agressão física em 2006, em um inquérito que tramitou até 2015, quando o deputado foi considerado inocente pelo Supremo Tribunal Federal. Em 2023, ela disse ter sido ameaçada para se contradizer ao longo das investigações, comprometendo as provas contra o ex-marido. Em entrevistas ao Congresso em Foco e à Agência Pública ela anunciou o plano de abrir uma nova ação, desta vez por violência sexual.
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Lira processou os dois portais, e obteve uma liminar para que fosse excluída a entrevista de Jullyene ao Congresso em Foco. Antes da publicação, o parlamentar chegou a ser contactado para que pudesse apresentar argumentos em sua defesa, mas se recusou a responder. O deputado também levantou um processo contra o ICL Notícias, que publicou uma reportagem sobre as investigações contra seus aliados em suposto esquema de desvio de recursos públicos para educação em Alagoas.
Apesar da negativa de Arthur Lira, a série de ações judiciais foi considerada um ato de censura por parte de diversas associações de defesa do jornalismo, que assinaram conjuntamente uma carta de repúdio contra ele.
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