O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, exonerou dois servidores da pasta que atuavam na coordenação de fiscalização e de operações contra crimes ambientais. As demissões foram publicadas no Diário Oficial da União desta quinta-feira (30) e são vistas como retaliação a uma operação de combate ao garimpo ilegal que aconteceu no começo de abril na região amazônica.
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Os atos publicados exoneram Renê Luiz de Oliveira do cargo de coordenador-geral de Fiscalização Ambiental da Diretoria de Proteção Ambiental, do Ibama e Hugo Ferreira Neto Loss, coordenador de Operações de Fiscalização, também ligada à Diretoria de Proteção Ambiental. No cargo de Renê foi nomeado o coronel da reserva da PM de São Paulo, Walter Mendes Magalhães Júnior.
No dia 13 de abril, Salles já havia demitido Olivaldi Alves Borges de Azevedo, então diretor de Proteção Ambiental do Ibama.
Entre os servidores do Ministério, a leitura é de que as demissões são uma resposta à insatisfação do presidente Jair Bolsonaro com a realização de operações contra o garimpo ilegal no sul do Pará que foram mostradas no programa Fantástico, da TV Globo. O que mais incomodou o presidente foi o fato de os agentes terem queimado tratores e outros equipamentos usados no garimpo ilegal.
Em novembro de 2019, Jair Bolsonaro prometeu a garimpeiros, em frente ao Palácio da Alvorada, que proibiria a queima de maquinário ilegal apreendido em ações de fiscalização.
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