Danilo Forte
O Rio Grande do Sul se encontra sob o assombro de um dilúvio histórico. As chuvas incessantes dos últimos dias transformaram rios em torrentes, submersas cidades e campos, e ceifaram a vida de dezenas de pessoas. A dor e o sofrimento do povo gaúcho ecoam por todo o país, enquanto a fúria da natureza nos confronta com a dura realidade das mudanças climáticas.
Os índices pluviométricos registrados no estado já superam os da grande enchente da década de 1940, um marco até então inigualável na história do Rio Grande do Sul. Essa ferida aberta no solo gaúcho é um alerta para todo o Brasil e o mundo: os eventos climáticos extremos se intensificam, e a conta dessa negligência ambiental está sendo paga em vidas, perdas materiais e incalculável sofrimento.
Diante desse cenário desolador, torna-se impossível ignorar a relação direta entre esses eventos extremos e o aquecimento global. As mudanças climáticas intensificam os ciclos da natureza, tornando as secas mais severas e as chuvas mais intensas.
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A tragédia que se desenrola no Rio Grande do Sul serve como um alerta urgente para todo o país. É fundamental que o Brasil avance com celeridade na transição para uma matriz energética limpa e sustentável, baseada em fontes renováveis, como a energia solar, eólica e hidrelétrica, que possuem menores impactos ambientais.
O desenvolvimento de indústrias verdes também é crucial para a descarbonização da economia e a construção de um futuro mais resiliente às mudanças climáticas.
PublicidadeUm Brasil movido por energias limpas torna o planeta menos vulnerável às mudanças climáticas, menos dependente de combustíveis fósseis e mais próspero. Essa mudança é essencial para garantir um futuro digno para as próximas gerações e evitar que tragédias como a do Rio Grande do Sul se repitam.
A dor do Rio Grande do Sul é a dor de todo o Brasil. É hora de nos unirmos e agirmos para construir um futuro mais sustentável e resiliente, onde eventos climáticos extremos como este sejam cada vez mais raros. Juntos, podemos superar os desafios do presente e construir um futuro melhor para todos.
Danilo Forte, 65 anos, é advogado e deputado federal pelo União Brasil do Ceará. É presidente da FER (Frente Parlamentar de Energias Renováveis) e integra a Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo. Foi presidente da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) de 2007 a 2010. Ocupou diversas funções no Legislativo desde 1988, quando acompanhou a Constituinte como assessor do deputado federal Paes de Andrade.
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