O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse neste sábado (1) ainda não ter decidido quem comandará o Ministério do Meio Ambiente. Porém, o político adiantou que vai acabar com a “forma xiita” como organizações como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (Icmbio) “saem multando”.
Bolsonaro afirmou que ele mesmo foi multado pelo Ibama em cerca de R$ 10 mil em 2012. “Eu sou uma prova viva do descaso, da parcialidade e do péssimo trabalho prestado por alguns fiscais do Ibama e Icmbio. Isso vai acabar”, disse. O presidente eleito disse que irá acabar com a política equivocada “indigenista e ambiental”.
As declarações foram feitas em Resende (RJ) onde o presidente eleito participou da formatura de alunos da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), mesma instituição em que ele próprio se formou nos anos 70.
Ele falou ainda sobre as demarcações de terras indígenas. Disse querer o bem-estar dos índios integrando-os à sociedade. “Eles têm as mesmas necessidades de nós […] o índio quer médico, quer dentista, quer televisão, internet, ele é igualzinho a nós”, afirmou.
Segundo Bolsonaro, o Brasil é o país que mais preservar o meio ambiente. “Eu fui, nas minhas andanças, ao Acre e a Rondônia. Em torno de 20% dessas áreas apenas podem ser usados em benefício da população”, disse. Para ele, há politicas ambientais que não atuam em prol do Brasil, mas sim de questões “extraterritoriais”.
Aumento a militares
Na AMAN, Bolsonaro defendeu a revogação da Medida Provisória 2215/2001 ou a votação das emendas feitas ao texto. A MP nunca foi votada e, entre outras medidas, acabou com a promoção automática dos militares que passam para a reserva.
O presidente eleito foi questionado sobre se atuaria para aprovara Proposta de Emenda Constitucional que dá à União o dever de pagar parte do salário de policiais militares. “Um presidente pode muito, mas não pode tudo”, disse.
Bolsonaro disse que reconhece o valor do trabalho desses profissionais, assim como bombeiros e guardas municipais. Porém, disse que uma medida como essa seria inconstitucional, já que é dever dos estados e municípios pagar tais vencimentos.