Presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, o deputado Sergio Souza (MDB-PR) defendeu nesta quinta-feira (22) a política ambiental do governo brasileiro. Em entrevista ao Congresso em Foco Premium, o emedebista classificou o ministro do Meio Ambiente como um quadro qualificado para a função e atribuiu as críticas dirigidas a Ricardo Salles a problemas de comunicação da parte do governo e também à má-fé na interpretação de suas falas.
Exatamente um ano após Salles ter dito, em reunião ministerial, que a pandemia era momento propício para “passar a boiada” sobre a legislação ambiental, Sergio Souza diz que todas as mudanças da área devem ser feitas com transparência.
“Não precisamos fazer nada na calada da noite. Tudo que for ser feito de meio ambiente tem de ser feito às claras. Eu digo, como presidente da bancada do agronegócio, que precisamos de maior segurança jurídica, regularização fundiária, licenciamento ambiental e mudança na legislação dos defensivos agrícolas. Temos de fazer isso abertamente. Se nos convencerem do contrário, vamos submeter nossas propostas à vontade da maioria”, afirmou.
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Em sintonia com o discurso do presidente Jair Bolsonaro na Cúpula dos Líderes sobre o Clima nesta quinta-feira, Sergio Souza defende que o mundo precisa conhecer o que o país faz do ponto de vista ambiental. No entendimento dele, o Brasil tem uma das legislações mais rígidas de proteção ao meio ambiente. Mesmo assim, ressalta, consegue ser um dos maiores produtores de alimentos do mundo. Até 2030, segundo o paranaense, o país será responsável pelo abastecimento de 2 bilhões de pessoas.
“Nenhum país tem legislação como a nossa, como o nosso Código Florestal, que obriga a preservar de 20% a 80% a propriedade privada, com 56% do território em floresta nativa. Usamos só 7% do território para grãos e florestas plantadas. Somos o maior produtor de florestas. Estamos fazendo nossa parte”, afirmou.
O presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio considera que o país ainda precisa superar problemas, como queimadas, desmatamento ilegal e grilagem de terras. Nada que impeça, na opinião dele, o Brasil de atingir as metas assumidas pelo governo com organismos e lideranças internacionais. “Se pegarmos a China e os Estados Unidos, eles poluem metade do planeta. Nós estamos lá embaixo, somos um dos países que menos poluem e mais têm matriz energética limpa”, diz. “A questão é a imagem que vendemos, a forma de comunicação dos últimos anos”, acrescenta.
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