O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não concluirá a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC 06/2019) da reforma da Previdência enquanto deputados do chamado centrão e da oposição estiverem no Supremo Tribunal Federal (STF) discutindo a transferência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da sede da Polícia Federal em Curitiba, berço da Operação Lava Jato, para um presídio em São Paulo onde estão presidiários famosos como Suzanne Von Ritchofen, Alexandre Nardoni e Gil Rugai.
“Eu tenho um acordo com os deputados de não colocar (os destaques) em votação enquanto eles estiverem no Supremo”, disse Maia.
Foram para o encontro com o presidente do STF, o ministro Antonio Dias Toffoli, o vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (PRB), representando o próprio Maia, líderes do centrão, como Arthur Lira (PP-AL) e Paulinho da Força (Solidariedade-SP). Além deles, a oposição recorreu ao Judiciário para tratar da transferência de Lula.
Pela manhã, a Justiça Federal do Paraná autorizou a transferência Lula, em decisão assinada pela juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, responsável pela execução penal do ex-presidente.
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Cerca de uma hora depois da divulgação do comunicado, a Justiça Estadual de São Paulo decidiu transferir Lula para a Penitenciária II de Tremembé, no interior paulista, distante a 150km da capital.
Por ser um ex-presidente da República, Lula está detido em uma sala especial na sede da Polícia Federal, em cumprimento à pena pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva no âmbito da Operação Lava Jato no caso do tríplex do Guarujá (SP). Com a transferência para São Paulo, ele irá para uma penitenciária comum.
Em Tremembé, Suzane Von Ritchohen está presa pelo assassinato de seus pais em 2001, enquanto Alexandre Nardoni e Carolina Jatobá cumprem pena pela morte da menina de seis anos Isabella Nardoni.
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