Em meio a tensão entre os Três Poderes, o Procurador-Geral da República (PGR), Augusto Aras, e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, se reuniram na tarde desta sexta-feira (6). O encontro aconteceu às 12h e durou cerca de 50 minutos. Após a reunião, nenhum deles falou com a imprensa.
A assessoria da PGR divulgou uma nota afirmando que o encontro renovou “o compromisso
da manutenção de um diálogo permanente entre o Ministério Público e o Judiciário para aperfeiçoar o sistema de Justiça a serviço da democracia e da República”. “Considerando o contexto atual, Fux convidou Aras para conversar sobre a relação entre as instituições”, conclui a nota.
Anteriormente, estava marcado um encontro entre os líderes do Legislativo, Judiciário e o presidente Jair Bolsonaro, mas após os ataques proferidos por Bolsonaro sobre o sistema eleitoral e as ofensas a ministros da Corte, culminaram no cancelamento da reunião por Fux.
O presidente do STF disse ter alertado Bolsonaro sobre os “limites do direito à liberdade de expressão”. “O Supremo informa que está cancelada reunião entre os chefes de Poder, entre eles o presidente da República”, disse Fux. “O Supremo informa que está cancelada a reunião entre os chefes de Poder, entre eles o presidente da República”, concluiu em discurso na Corte nesta quinta-feira (5).
O presidente Jair Bolsonaro tem feito campanha contra as urnas eletrônicas. Em seu twitter, ele publicou documentos que, segundo ele, comprovam fraudes no sistema das urnas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além disso, Bolsonaro voltou a atacar o ministro Luis Roberto Barroso no twitter, presidente do TSE e ministro do STF, afirmando que ele havia concedido perdão de pena a José Dirceu, condenado nas denúncias do mensalão do governo do PT.
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Nesta semana, o ministro Alexandre de Moraes incluiu Bolsonaro no inquérito das Fake News. A decisão foi após o envio de uma notícia-crime feita por Luis Barroso que relatava declarações acusatórias sobre a lisura das urnas eletrônicas feitas por Bolsonaro em uma live no mês de julho. O presidente também é alvo do inquérito que investiga as possíveis interferências na Polícia Federal pelo Planalto.
> Bolsonaro ameaça ato inconstitucional após ser incluído em inquérito das fake news
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