Jean Paul Prates*
Na última sexta-feira (15), o Brasil celebrou mais um Dia do Professor. Ainda que possam ter faltado as justas homenagens e o devido reconhecimento do governo Bolsonaro a essa categoria essencial à construção do País, os 2,6 milhões de professores e professoras não passaram a data sozinhos. A nação não esquece os responsáveis pela formação e transformação de milhões de vidas e destinos.
Aos professores e professoras do Brasil, poderíamos dedicar uma infinidade de palavras. Mas é possível resumir tudo em uma só: obrigado/a. Se a educação liberta, forma cidadãos e promove a transformação da sociedade para o bem comum, são esses homens e mulheres os maiores responsáveis por operar essa alquimia.
São esses homens e mulheres que abraçam o magistério sabendo, de antemão, que a remuneração de seu ofício estará sempre muito aquém do serviço prestado e das difíceis condições de trabalho.
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E ainda assim eles vão lutar. Vão segurar forte a mão de seus alunos para que não sejam tragados pela evasão escolar, vão pelejar para acender um brilho nos olhos dos pequenos que tentam aprender com fome, vão ser o estímulo dos que labutam para construir uma vida melhor.
A dureza de ser professor e professora é uma daquelas mazelas históricas das quais o País precisa ter pressa em se livrar. Mas, no Brasil de hoje—tudo demorando em ser tão ruim—, a perversidade obscurantista resolveu acrescentar mais algumas doses de fel. E é assim que tantos desses bravos 2,6 milhões de trabalhadores e trabalhadoras se vêm acossados em sala de aula por desvarios como o “Escola sem Partido”—como se o partido dos professores não fossem sempre seus alunos.
Valorizar os educadores e educadoras é uma obrigação moral que o Brasil precisa honrar. Essa tem sido uma das prioridades do nosso mandato. Afinal, eles e elas são agentes essenciais na construção do nosso futuro e na construção das mudanças sociais tão necessárias à felicidade do nosso povo.
PublicidadeProfessores e professoras merecem mais dignidade e respeito para o exercício da profissão. Salários que equivalham ao trabalho que realizam e condições para desempenhar o seu papel. Nesta luta, estamos lado a lado.
Neste Dia do Professor, convido a todos os leitores a lembrar com carinho e gratidão de cada um dos mestres que participaram de sua formação. Vamos desejar e trabalhar para que, num futuro bem próximo, nossas palavras nesta data sejam só de festa e homenagem, e que as dificuldades de ser professor sejam só um capítulo nas aulas de História.
*Jean Paul Prates é senador da República pelo Rio Grande do Norte e líder da Minoria na Casa
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