A Polícia Rodoviária Federal tem apenas 9,1 mil servidores para cuidar de 70 mil quilômetros de rodovias
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A falta de policiais e outros servidores tem obrigado a PRF a fechar postos de fiscalização, diminuindo o policiamento da malha rodoviária brasileira. Os problemas são reconhecidos pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que defendeu a realização do novo concurso.
A solicitação do novo processo de seleção foi validada pela presidenta Dilma Rousseff em dezembro, mas o órgão ainda aguarda a liberação do Ministério do Planejamento. Enquanto isso não acontece, a prioridade é a nomeação do excedente de aprovados na seleção em andamento, cujo candidatos regulares foram convocados para o curso de formação no início do mês . Caso a permissão de aproveitamento seja validada, outros 375 policiais rodoviários também passarão por treinamento e estarão prontos para atuar em janeiro.
Apesar dos problemas, a diretora-geral da PRF, inspetora Maria Alice Nascimento Souza, comemora a autorização para a abertura de vagas. “Conseguimos dar continuidade ao concurso e garantir a chegada dos novos policiais. Isso consolida o início da recomposição do nosso efetivo,” comemora.
Quadros insuficientes
Entre as razões apontadas pela PRF para o aumento no quadro de pessoal – que inclui a criação do cargo de agente administrativo (nível médio), com 320 novas vagas – está a necessidade de reforços para o Plano Estratégico de Fronteiras do Governo Federal.
De acordo com o Portal da Transparência do Ministério da Justiça, atualmente o quadro de efetivos da corporação conta com 9,1 mil servidores distribuídos em todo o território nacional. “O número de servidores ainda é insuficiente para patrulhar os 70 mil quilômetros de malha rodoviária do Brasil, tendo em vista os eventos esportivos internacionais que ocorrerão no país nos próximos anos”, diz a assessoria da PRF. Segundo a Polícia Rodoviária, o efetivo autorizado é de 13 mil servidores. Assim, há hoje um déficit de quase quatro mil funcionários.
No fim do ano passado, durante o lançamento da Campanha Nacional do Desarmamento, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, declarou que os quadros de efetivos da Polícia Federal (PF) e da PRF seriam ampliados. “É claro que isso deve ser feito de acordo com a disponibilidade orçamentária. Temos discutido com o Ministério do Planejamento, para que, no momento oportuno, possamos fazer uma recomposição desses quadros, mas posso assegurar que será feito”, declarou o ministro. Dias depois do discurso, porém, foram autorizados 1,2 mil postos para a Polícia Federal e nada para a PRF.
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