A reunião da comissão especial que analisa o projeto de lei da chamada Escola sem Partido (PL 7180/14) foi encerrada sem que o relatório fosse analisado. Ela havia sido suspensa devido ao início da Ordem do Dia no Plenário do Congresso.
A pauta da reunião era o substitutivo do relator, deputado Flavinho (PSC-SP). Pela manhã, deputados da oposição apresentaram diversas questões de ordem e conseguiram adiar a discussão.
O deputado Sóstenes Cavalcante reclamou da obstrução. “Não podemos ficar aqui procrastinando algo que é de interesse da sociedade. A sociedade não tolera mais a partidarização de um ambiente em que é obrigatória a presença”, disse o deputado.
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Para o presidente da Comissão de Educação, deputado Danilo Cabral (PSB-PE), a proposta é colocada como se fosse o tema central da educação brasileira. “Ninguém está se manifestando sobre o Plano Nacional de Educação (PNE). Quem defende o projeto não fala da questão central da educação”, disse.
Dentro do plenário, o clima entre os manifestantes foi tranquilo por boa parte da reunião, com poucas palavras de ordem e muitos cartazes contra e a favor da medida. Já com a segunda suspensão, houve bate-boca. Do lado de fora, estudantes gritavam “mordaça não” para contestar a medida.
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