Após as faixas expostas pelo Cruzeiro perto da sede da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) em Belo Horizonte, o Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) repudiou os ataques sofridos.
Em uma das faixas, o time acusa a PGFN de “perseguição”. Em nota, o Sinprofaz diz que “os ataques ocorrem de forma totalmente despropositada, contra instituição cujo dever constitucional é o de zelar pelo cumprimento das obrigações fiscais em âmbito federal”.
O Cruzeiro vem sofrendo derrotas na Justiça em relação a dívidas que ultrapassam R$ 300 milhões com a União. A ação movida pela PGFN frustra o clube em movimentações realizadas para angariar fundos ou destravar as batalhas judiciais. Segundo o Globo Esporte, entre essas ações estão a não-homologação do acordo com o Mineirão que reduziria a dívida do clube de R$ 32 milhões para R$ 20 milhões. E o outro foi o bloqueio de venda do imóvel da sede Campestre II, valor que, se obtido, seria utilizado para pagar dívidas com clubes estrangeiros em discussão na Fifa.
Confira a nota do Sinprofaz na íntegra
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É de conhecimento do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional – SINPROFAZ que a Procuradoria da Fazenda Nacional no Estado de Minas Gerais, nas pessoas de seus Membros, vem sofrendo ataques de parcela da torcida do Cruzeiro Esporte Clube. A agremiação é alvo de cobrança por parte da PGFN, haja vista o montante dos débitos devidos aos cofres da União. De antemão, o SINPROFAZ aponta: os ataques ocorrem de forma totalmente despropositada, contra Instituição cujo dever constitucional é o de zelar pelo cumprimento das obrigações fiscais em âmbito federal.
A PGFN, em Minas Gerais e em todo o país, pauta sua atuação em estratégias legais, postas em prática de forma equânime frente a quaisquer devedores em situação análoga. A despeito do que é factual, objetivo e referendado pelo Poder Judiciário, a torcida ataca os procuradores da Fazenda Nacional com absurdas insinuações de que há desproporcionalidade na atuação do órgão. A postura, que culminou, na data de hoje (19), com a exposição de faixas de cunho intimidador, configura prática que o SINPROFAZ abomina e não aceitará e que enseja a responsabilização dos envolvidos.
Diante do exposto, o SINPROFAZ manifesta total apoio aos procuradores da Fazenda Nacional indevidamente atacados e atingidos em sua integridade profissional. O Sindicato requer providências da Administração no sentido de impedir novas tentativas de desacreditar a PGFN e os filiados da ponta da Instituição. O SINPROFAZ não tolerará ataques à imparcialidade e à idoneidade dos Membros da Carreira, os quais, nessa e em todas as suas iniciativas laborais, atuam em total correspondência com o interesse público.
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A torcida do Cruzeiro que elegeu o Aecinho do Pó deputado e deu de presente para ele o “foro privilegiado”