O ministro da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, e o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, não aceitam a inclusão de militares na reforma da Previdência. Para eles, a categoria tem peculiaridades que devem ser tratadas na reforma que deve dificultar a aposentadoria dos demais brasileiros.
“Militar é uma categoria muito marcante, de farda. Militares, policiais, agentes penitenciários, Judiciário, Legislativo, Ministério Público possuem características especiais, que têm de ser consideradas e discutidas”, disse Santos Cruz, incluindo até outras categorias, em entrevista ao Estadão.
O argumento é o mesmo usado pelo ministro da Defesa. “As Forças Armadas são um seguro caro que toda Nação forte tem que ter. Temos uma proteção para essas especificidades da carreira. Se o nome é reforma da Previdência, não estamos nela”, declarou Azevedo e Silva ao jornal Valor Econômico.
“Consistente e duradoura”
O ministro da Economia, Paulo Guedes, vai apresentar nos próximos dias um esboço da proposta de reforma ao presidente Jair Bolsonaro. A equipe econômica defende uma reforma “consistente e duradoura” e avalia que o texto precisa incluir todas as carreiras, inclusive militares. A ideia é mostrar que todos, sem exceção, serão atingidos pelas mudanças no sistema previdenciário, inclusive a categoria de origem do presidente. A proposta será enviada ao Congresso em fevereiro, segundo o governo.
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Integrantes das Forças Armadas alegam que os militares estão sempre à disposição do Estado, tanto em serviço como após a reserva. Santos Cruz ressaltou, na entrevista ao Estadão, que as Forças Armadas não têm um sistema de Previdência como as demais categorias. “No nosso sistema de saúde, a gente paga 20% de tudo. A diferença não é só pela especificidade da profissão; é também pelo sistema.”
R$ 5 bilhões para filhas
Levantamento obtido pelo jornal O Globo com base na Lei de Acesso à Informação mostra que a União gastou mais de R$ 5 bilhões apenas com pensões de filhas de militares em 2017. O gasto é superior à receita previdenciária das três forças naquele ano. Esse benefício para maiores de idade foi extinto em 2000, mas o Exército afirma que ele será pago pelo menos até 2060.
Estimativas feitas por economistas da Fundação Getúlio Vargas indicam que os gastos com a Previdência dos militares são responsáveis por 45% do déficit previdenciário total da União. No Brasil os militares se aposentam com salário integral e o reajuste dos inativos acompanha o daqueles que estão na ativa.
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Tem que bater o bigolim na mesa e exigir a constitucional auditagem da Dívida Pública, mais energia aos devedores da Previdência. Ora, não é pq a Varig foi pro saco, que vai se deixar de cobrar. E devendo considerar outros gigantes devedores… Têm muito gigante ganhando dinheiro e não pagando o que deve a Nação.
Depois de executadas essas medidas, aí se discutiria um possível rateio.
Tem que ser para todos ou ninguém ou queimar a maldita socialista e corrupta CF88. São R$43 bilhões /ano e vai crescer de rombo na previdência militar federal. Os estados estão na pior.
O discurso do déficit da Previdência é terrorismo social e está ligado a Desvinculação de Receitas da União (DRU), sendo um mecanismo que permite ao governo federal usar livremente 30% de todos os tributos federais vinculados por lei até 2023 e com este mecanismo o “saque” pode chegar a R$ 120 bilhões ao ano, reforçando o caixa da união.
Na prática, permite que o governo aplique os recursos destinados a áreas como educação, saúde e previdência social em qualquer despesa considerada prioritária e na formação de superávit primário. A DRU também possibilita o manejo de recursos para o pagamento de juros da dívida pública. Portanto, a DRU é um sistema perverso que prejudica a melhoria da saúde, previdência e assistência social.
A conta é do país inteiro e está negativa nesse nível justamente por privilégios como os da classe militar. Entre 2009 e 2015 o saldo previdenciário do setor privado era superavitário. A bola de ferro sempre esteve nos benefícios graúdos do setor público, incluindo as gordas mamatas do militarismo. Vão ter que pagar a conta junto sim!!!!!!!!!!!
Eu respeito muito os militares que estão na rua honrando suas fardas, promovendo a segurança, a ordem,a paz do país, muitos inclusive arriscando a própria vida para salvar as do outros. Mas quando eles abrem uma porta para entram pra política, a honra, a integridade e a honestidade deles saem pela outra.
Acabou a mamata, das filhas pensionista de militares mamarem nas tetas do Governo..
Não concordo!!!!! Todos vão dividir a conta!!!!!