Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgados nesta sexta-feira (12) mostram que a taxa de inflação recuou de 1,58%, em dezembro 2020, para as famílias de baixa renda (com rendimento de R$ 1.650,50 por mês) para 0,21% em janeiro de 2021. A análise revelou ainda que, na faixa que representa as famílias de renda mais alta (com rendimento domiciliar superior a R$ 16.509,66), a taxa de inflação passou de 1,05% para 0,29% no mesmo período.
Em janeiro, apesar do aumento no preço dos alimentos, o impacto foi menor do que o registrado em dezembro do ano passado. Pelo menos onze dos 16 produtos que compõem o subgrupo de alimentação, desaceleraram com a inflação, entre eles: arroz, carnes, frango, leite e óleo. Mas, o principal alívio para essas famílias vem da redução da energia elétrica, cuja deflação de 5,6% conseguiu anular as altas no aluguel (0,55%) e do botijão de gás (3,19%).
Para as famílias de renda mais alta, o impacto maior veio do aumento de 2,17% da gasolina. Além disso, estes grupos foram impactados pelos reajustes nos planos de saúde em 0,66% e no setor de cartórios (7,28%).
Em comparação com janeiro de 2020, as famílias de renda muito baixa ou média alta (com rendimentos entre R$ 8.254,83 e R$ 16.509,66) apresentaram taxas de inflação menores do que a redução de 0,23% para 0,21% e de 0,28% para o,27%, respectivamente.
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