Em suas redes sociais, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, defendeu que a PEC da transição, que busca garantir orçamento para os projetos em comum do atual e do novo governo, traga efeitos apenas para o exercício de 2023. Segundo ele, não cabe ao atual parlamento definir os rumos do próximo, que toma posse em janeiro. Além disso, ele não acha razoável fazer uma reforma permanente sem que o próximo governo deixe claras suas diretrizes econômicas.
“A PEC da transição deve garantir o que o próprio nome diz, a transição”, declarou em nota. Ao seu ver, os únicos projetos que devem ser atendidos pela proposta devem ser a manutenção do auxílio de R$ 600 e o aumento do salário mínimo acima da inflação. O coordenador da transição, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), busca também obter recursos para a retomada de obras paradas, bem como para aquisição de material escolar nas escolas públicas.
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Ciro considera que propostas que saiam do ponto comum das duas campanhas já fogem também do interesse dos próprios parlamentares. “Todos os parlamentares que compõem a base do atual governo e apoiam uma agenda econômica diametralmente oposta à que foi eleita e ainda é desconhecida nos detalhes têm o direito de se posicionar livremente”, afirmou. Qualquer reforma econômica para além de 2023, o ministro e presidente do PP considera que deve ser negociada com o próximo Congresso.
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