O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto , negou nesta quinta-feira (2) que a autoridade monetária tenha proibido operações de pagamento via WhatsApp e disse que a operação será aprovada assim que for comprovado que o arranjo proposto pela empresa é competitivo.
“O Banco Central em nenhum momento proibiu o WhastApp de operar. Essa notícia não é verdadeira. O que o Banco Central entendeu é que era um arranjo muito relevante para a economia e que precisava passar pelo mesmo processo de aprovação dos outros arranjos”, disse ele em debate promovido nesta quinta-feira (2) pelo jornal Correio Braziliense.
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Recentemente, o BC suspendeu a possibilidade de realização de pagamentos pelo aplicativo de mensagem. A tentativa do WhatsApp de entrar no sistema financeiro havia sido aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), mas foi barrada pelo BC até que se esclareça a natureza do negócio.
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Segundo Campos Neto, também existe uma preocupação com a proteção adequada de dados pessoais. “Temos uma agenda super pró-competição. Assim que for comprovado que é um arranjo competitivo e que tem a proteção de dados na forma que nós entendemos necessária, será aprovado”, disse.
Recuperação econômica em V
O presidente do BC disse que há indicações de um movimento inicial de recuperação da economia brasileira em V. “Parece que nós iniciamos uma recuperação, que seria um movimento inicial em V”, disse Campos Neto. Segundo ele, as duas últimas semanas de abril foram as piores da crise econômica, mas em maio começou a haver recuperação. O crescimento em V é caracterizado por uma alta na mesma intensidade depois de uma rápida queda econômica.
Publicidade“Parece que nós iniciamos uma recuperação que seria um movimento inicial em ‘V’, mas que a gente acha que deve suavizar um pouco. Ou seja, a gente consegue ver que a primeira parte da recuperação foi em V, seguindo alguns outros lugares do mundo, ao contrário de 2008, que a recuperação foi mais lenta”, disse.
Roberto Campos também afirmou que há dados suficientes para atestar que a velocidade de saída da crise de 2008 foi muito mais lenta do que será a velocidade de saída da crise atual. “Essa recuperação vai ser muito mais rápida”, previu ele.
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