Quase seis meses de governo Ibaneis e as portas do único serviço que garante a comunicação para a população surda no DF está quase fechada por falta de profissionais. A central, que existe há mais de 10 anos, é fruto da mobilização e luta do segmento de pessoas com deficiência, conquistada a partir de uma provocação do Fórum Permanente de Apoio e Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência do DF e Entono (FAPED), no então governo Arruda. A central chegou a ser referência nacional, a fazer atendimento on line e teve mais de 10 profissionais no seu quadro.
Entenda no vídeo:
A quantidade nunca foi suficiente, mas o limite do descaso é vivido agora. Com apenas dois tradutores os atendimentos externos estão prejudicados e os únicos dois profissionais precisam escolher qual atendimento é mais urgente e deve ser priorizado. A Lei Brasileira de Inclusão (LBI) garante para as pessoas com deficiência equipamentos e atendimento especializado que possibilitem a sua participação e autonomia na sociedade. E prevê a responsabilização dos gestores em casos como esse, de flagrante desprezo à legislação e às garantias constitucionais.
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Sem tradutor de LIBRAS não há comunicação. Este profissional é a voz e os ouvidos dessas parcela importante do nosso país.
Além da Central de LIBRAS, o Conselho de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, assim como o Conselho de Defesa dos Direitos Humanos, de Igualdade Racial e do Idoso, continuam fechados por uma omissão do GDF que se recusa a designar os membros dos colegiados. Sem membros não existem conselhos.
Deixando as políticas de promoção e proteção dos direitos dessas populações sem a devida fiscalização e controle social e participação democrática, Ibaneis segue na linha do governo federal, que elegeu a sociedade civil como inimiga, travando uma guerra contra a participação da sociedade na tomada de decisões.
PublicidadeManter os conselhos de direitos fechados significa golpear a democracia, e descumprir as normas vigentes que garantem a esses colegiados atribuições e prerrogativas que estão suspensas por uma omissão do GDF. Defendemos o fortalecimento da Central de LIBRAS e a sua ampliação e a reabertura dos colegiados sob o risco de comprometer as políticas públicas para essas populações.
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