A Aliança Nacional LGBTI+, rede de entidades de promoção de direitos e cidadania à população LGBTI, parabenizou o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) por usar o gabinete de número 24 no Senado Federal. Na legislatura passada (2014 – 2018), a sequência de gabinetes do Senado pulava, sem explicação oficial, do número 23 para o 25. No início de seu mandato, em fevereiro, Pacheco reassumiu o gabinete 24, que permaneceu suprimido por quatro anos.
“Vinte e quatro é apenas um número que, por acaso e por questões culturais, vem carregado de estigma e preconceito contra os homossexuais. Não é este número que precisa ser eliminado, e sim a cultura LGBTIfóbica”, escreveu o presidente da Aliança Nacional LGBTI+, Toni Reis, em carta de congratulação a Pacheco e ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). No jogo do bicho, 24 é o número do veado, daí o estigma.
O Senado nunca registrou formalmente o “sumiço” da placa de número 24. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o último parlamentar a usá-lo sob essa numeração foi o ex-senador Eduardo Amorim (PSDB-SE), até 2014.
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Na legislatura seguinte, a sala que Amorim ocupava foi ocupada pelo senador Dario Berger (MDB-SC), mas ele passou a usar a placa com o número 26, e não mais 24. Já em 2016, ativistas LGBT denunciaram a supressão do número 24. Questionado pela imprensa à época, Berger não deu explicação para a troca de numeração. O Congresso em Foco procurou a assessoria do parlamentar (que atualmente ocupa outro gabinete) e aguarda resposta.
Ao assumir o mandato em fevereiro, o senador Rodrigo Pacheco registrou no Twitter o retorno à numeração normal das salas. “O 24 tinha misteriosamente deixado de existir anos atrás, mas agora foi restabelecido o número correto. Enfim, o gabinete estará pronto a servir o povo de Minas Gerais e do Brasil, com eficiência e sem qualquer discriminação”, publicou o senador.
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