A 16ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL) já tem data para acontecer. Segundo a deputada Joenia Wapichana (Rede-RR), de três a cinco mil lideranças indígenas devem estar em Brasília nos dias 27, 28 e 29 de abril. Dentre as principais pautas estão a defesa da Amazônia, demarcação de terras indígenas e luta contra o projeto de mineração em território indígena.
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Joenia é a primeira deputada federal indígena do país, e para ela, manifestações como o ATL são essenciais para combater os ataques do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) contra a democracia. “A ideia é dizer que nós não estamos alheios a qualquer ato que possa colocar em risco a democracia no país”, declarou.
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Para a deputada, o projeto de lei de mineração em terras indígenas, enviado pelo chefe do Executivo para a Câmara, sem o diálogo com os povos atingidos, é uma demonstração do autoritarismo do governo. “Ele [Jair Bolsonaro] prefere adotar do totalitarismo para dizer que tem que abrir as terras indígenas para os garimpos, que são inconstitucionais”, declarou. “É absurdo vir de uma pessoa que é autoridade maior, tentar regularizar uma atividade que é ilegal”, disse a deputada.
A parlamentar também relembrou os recentes ataques que o presidente tem feito contra o Congresso e os defensores do meio ambiente. “Ele tem feito várias declarações contra a democracia, contra o meio ambiente, contra a Amazônia”, criticou a congressista.
O que é o ATL
O ATL é a maior mobilização indígena do Brasil, que envolve desde movimentos sociais a organizações que representam os diferentes povos indígenas do país. Como é feito todos os anos, a tendência é que as lideranças se reúnam e levem as reivindicações dos povos aos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
PublicidadeManifestações de Maio
O mês de maio terá uma intensa agenda de manifestações contra o governo. A começar pelo dia 8 de março, quando manifestantes vão às ruas em defesa das mulheres, no dia 14, que é o aniversário do assassinato da vereadora Marielle Franco e no dia 18, quando manifestantes contrários à pauta econômica do governo protestarão. Em todas as manifestações, setores da sociedade civil e da oposição prometem incomodar o governo.
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