Eduardo Militão
O lobista Geraldo Magela Rocha foi um dos presos na Operação Navalha, que, em maio de 2007, desbaratou uma quadrilha que fraudava licitações em obras públicas, que, segundo a investigação, era liderada por Zuleido Veras, da construtora Gautama. A acusação é que Magela promoveria aproximação do grupo criminoso com os governos de José Reinaldo Tavares e Jackson Lago no Maranhão. Magela Rocha nega.
Na época, a relação entre Magela e Romero Jucá levou a ilações de que o senador poderia também estar envolvido nas irregularidades. Na época, Magela negou esse envolvimento. Ele mantém ainda hoje a negativa. Apesar de ter rompido com Jucá por conta da briga em torno da propriedade da TV Caburaí, Magela reafirma que o senador não foi beneficiado pelo esquema da Gautama. À época, a revista Veja publicou uma planilha apreendida na casa de Magela Rocha onde era listada uma lista de valores.
Uma parte da planilha mostrava os valores “70.000” “80.000” para a sigla “GM/RJ”. A reportagem de Veja diz que a Polícia Federal supunha tratar-se de dinheiro para Geraldo Magela e Romero Jucá. Mas o lobista mantém a versão apresentada à época:
“Não, não, não. Isso não. Não tinha nada a ver com Romero Jucá.” Segundo ele, RJ quer dizer seu escritório no Rio de Janeiro, onde trabalhava para ele o professor de comunicação Carlos Alberto Rabaça.
Magela Rocha foi denunciado pelo Ministério Público Federal ao Superior Tribunal de Justiça pelos crimes de peculato, corrupção ativa, corrupção passiva e formação de quadrilha. A denúncia ainda não foi analisada pelo tribunal. O caso é relatado pela ministra Eliana Calmon.
O lobista afirma que sequer trabalhava para o governo do Maranhão. Diz que apenas prestava serviços de relações públicas para a Gautama.
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