A desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, que determinou a prisão preventiva de Marcelo Crivella, defendeu em ofício ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que o prefeito afastado do Rio de Janeiro volte à cadeia. Crivella está em prisão domiciliar graças a uma liminar do STJ, expedida menos de 24 horas após sua entrada no sistema penitenciário.
Rosa Helena afirma, no documento de 11 páginas enviado à corte, que existem indícios abundantes do envolvimento de Crivella no esquema de corrupção desbaratado pela Operação Hades, que apura o funcionamento de um “QG da Propina” na Prefeitura do Rio de Janeiro.
Prefeito Marcelo Crivella é preso no Rio
A desembargadora cita troca de mensagens entre os acusados e conta que o prefeito afastado entregou a um oficial de Justiça, em ação de busca e apreensão, um aparelho de telefone celular de outra pessoa como se fosse dele em “total desfaçatez”. O ato, na avaliação da magistrada, caracteriza a intenção de Crivella de obstruir as investigações.
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Ela também levanta a possibilidade de o prefeito, na prisão domiciliar, desrespeitar a proibição de acesso a telefone e internet por meio da presença de parentes. O presidente do STJ, Humberto Martins, aceitou a tese da defesa de que o prefeito tem mais de 70 anos e que, por isso, não poderia ser encarcerado por fazer parte do grupo de risco da covid-19. Rosa Helena alega que não foi registrado qualquer caso de covid-19 no presídio de Bangu 8, onde ele estava preso. Crivella afirma que é inocente e é alvo de perseguição política.
> Veja a íntegra da decisão que levou Crivella para a cadeia
Bloqueia as contas correntes dele para garantir o ressarcimento do prejuízo, desembargadora.
Como fizeram com aquele outro sujeito que matou um par de justiça seu.
Quero ver se a justiça vai ter peito de botar esse sobrinho do Edir Macedo na cadeia.
Pago pra ver.