A Polícia Federal cumpre nesta manhã (15) mandatos de busca e apreensão em endereços em Pernambuco ligados ao presidente do PSL, deputado Luciano Bivar. A operação faz parte de uma investigação que apura candidatas laranjas no partido do presidente da República, Jair Bolsonaro.
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Nove mandados foram autorizados pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), para a operação Guinhol, atendendo uma solicitação do Ministério Público Eleitoral. Um deles é para a casa de Bivar, de acordo com a Folha de S. Paulo.
A investigação busca descobrir se houve uma fraude nos recursos destinados a candidaturas femininas, que, por lei, são obrigadas a receber no mínimo 30% dos valores do fundo partidário. A investigação em Pernambuco é um dos motivos pelos embates entre o presidente da sigla e Jair Bolsonaro.
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Muito dinheiro e pouco voto
O inquérito para investigar os representantes do PSL foi aberta em março, depois que veio à tona o fato de que a candidata a deputada federal pelo partido em Pernambuco Maria de Lourdes Paixão, que também era secretária administrativa do partido no estado, recebeu R$ 400 mil de verba pública na campanha de 2018. Mesmo com todo esse investimento, ela recebeu menos de 250 votos.
PublicidadeO valor foi repassado nos últimos dias da campanha por meio do fundo partidário e surpreendeu porque foi bem maior que o recebido por outras candidatas. A quantia representa a terceira maior cota do fundo eleitoral do PSL em 2018. Mas, segundo a defesa de Maria de Lourdes, isso se explica porque a candidata não recebeu nada do fundo eleitoral antes da cota do fundo partidário e, por isso, foi compensada.
Presidente licenciado do PSL na época das eleições, Bivar recebeu R$1,8 milhão para a eleição. Foi a maior quantia concedida pelo partido. O deputado, que havia ficado na suplência na disputa anterior, com 25 mil votos, recebeu dessa vez 118 mil votos. Foi o sétimo mais votado de seu estado.
Bivar responde
Sobre o mandado de Busca e Apreensão deflagrado nesta terça, a defesa do deputado Luciano Bivar e do PSL em Pernambuco, afirma que vê a situação “fora de contexto”. De acordo com eles, o inquérito já se estende há 10 meses, já foram ouvidas diversas testemunhas e não há indícios de fraude no processo eleitoral. Eles afirmam ainda que a busca e apreensão é uma “inversão da lógica da investigação, vista com muita estranheza, principalmente por se estar vivenciando um momento de turbulência política”.
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