O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) planeja se reunir com o presidente do PSDB, Bruno Araújo, para tratar do processo no conselho de ética da sigla no qual o mineiro é alvo. O encontro ainda não tem data.
O diretório tucano municipal de São Paulo moveu contra o ex-governador de Minas Gerais um pedido de expulsão da legenda.
Aécio tem dito a aliados que setores do PSDB promovem uma espécie de Sharia, conjunto de leis islâmicas consideradas excessivamente rigorosas, e que ele quer ser julgado na legenda por algo como o Código Penal Brasileiro.
Antes de sair do presidência do PSDB em maio deste ano, Geraldo Alckmin criou um conselho de ética no partido que prevê a expulsão de filiados condenados na Justiça. Um interlocutor de Aécio afirma que para a expulsão acontecer é preciso alterar o código de ética ou esperar o tucano ser condenado na Justiça.
Apesar de não ter sido condenado, o ex-candidato a presidente nas eleições de 2014 foi alvo de pelo menos nove inquéritos no Supremo Tribunal Federal após ser citado na delação premiada de Joesley Batista, dono da JBS.
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Somente um desses casos evoluiu e transformou o mineiro em réu, que é o que trata do empréstimo de R$ 2 milhões pedido pelo tucano para bancar sua defesa na Lava Jato.
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O ex-ministro da Cidades e ex-deputado federal Bruno Araújo assumiu o comando do partido em uma eleição sem concorrentes e apadrinhado pelo governador de São Paulo, João Doria.
O paulista quer promover na sigla uma mudança de postura e expurgar quadros do partido envolvidos em escândalos de corrupção. O ex-governador do Paraná Beto Richa também é um dos alvos da nova gestão tucana.
Apesar do fogo amigo contra Aécio ter se intensificado nos últimos meses, o deputado conta com uma forte rede de aliados tanto na bancada do partido na Câmara quanto em Minas Gerais, sua base eleitoral.
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