Eduardo Militão
A ex-encarregada geral da Unirio Manutenção e Serviços Ltda. na Câmara Patrícia Guedes Silva demonstrou irritação com o pedido de entrevista do site para comentar a gravação em que o garçom Severino Garcia de Araújo afirma ter feito uma obra avaliada em sua residência para que fossem contratados dois de seus filhos.

Em mensagem ao Congresso em Foco, ela sugeriu que se noticiassem “coisas mais importantes”, como as enchentes em Alagoas. Indiciada pela Polícia Legislativa por estelionato, ela reclamou de “perseguição”.

“Boa tarde. Eduardo, creio que esse site gosta de denegrir a imagem das pessoas. Tanta coisa acontecendo e precisando de divulgação, como o caso Alagoas. Vocês já abusaram demais com o meu nome e detalhe sem prova alguma [sic]. Portanto, respeito seu trabalho, mas tenho certeza que tem coisas mais importantes para divulgar. Estou quase acreditando que isso é perseguição.”

O Congresso em Foco agradeceu à resposta de Patrícia, mas reafirmou que seu interesse é apenas prestar informações sobre uma investigação em curso na Câmara, que a envolve.

Na semana passada, Patrícia mandou uma mensagem ao site dizendo que todas as acusações que sofre são “calúnias”. Acrescentou que suas denunciantes – Fabiana Soares de Sousa e Nelza Cândida Rodrigues – foram também afastadas da Câmara.

“Portanto, as verdades estão aparecendo e, a pedido do meu advogado, não me pronuncio mais”, continuou Patrícia. Fabiana confirmou sua demissão da outra empresa terceirizada Visual Serviços, que também trabalha para a Câmara, dias após a publicação das primeiras reportagens do site.

No final de junho, Patrícia afirmou ter documentos que mostravam que outra pessoa – e não ela – vendia vagas na Câmara. Ela disse ao Congresso em Foco que poderia até fornecer cópias dos papéis. Mas, na última quinta-feira (8), ela e seu advogado afirmaram que não poderiam fazer isso e que seria necessário esperar mais quinze dias antes de prestarem novos esclarecimentos.

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