O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), se encontrou neste sábado (10) com o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e com o presidente da comissão temporária criada para acompanhar as ações contra a covid-19, senador Confúcio Moura (MDB-RO). O encontro ocorre dois dias depois de o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenar que Pacheco abra a CPI da Covid.
Segundo Pacheco, o encontro – que ocorreu em sua residência oficial – não discutiu a Comissão Parlamentar de Inquérito. “Tratei a respeito daquilo que mais importa neste momento: o cronograma de enfrentamento à pandemia, o cronograma de vacinas e a possibilidade de antecipação de fornecimentos para alcançarmos a população brasileira o máximo possível, a produção animal de vacinas, que podem ter seus parques convertidos para a produzir a vacina contra o coronavírus, e tratamos das patentes”, enumerou Pacheco, em um vídeo encaminhado à imprensa.
Leia também
O presidente do Senado e do Congresso Nacional também citou a discussão sobre medicamentos para intubação e oxigênio – que estão em níveis críticos – e cobrou união entre os poderes para o combate à covid-19. “É muito importante não perdemos o foco, mantermos a união, a pacificação o diálogo permanente, com as soluções efetivas para o problema maior dos brasileiros, que é a pandemia”, reiterou Pacheco.
Nesta semana, porém, o senador deve impor um duro golpe ao governo, ao permitir a instalação da CPI da Covid na Casa, atendendo ao pedido de 32 parlamentares signatários. O próprio Pacheco disse que não impedirá a abertura dos trabalhos. O presidente Jair Bolsonaro, que pode sair politicamente desgastado da CPI, tem desde sexta-feira (9) feito repetidas críticas à decisão do ministro Barroso.
> CPI da Covid: vice-líder do governo no Senado prepara ofensiva contra Barroso
> Ações de Bolsonaro podem caracterizar genocídio, apontam pesquisadores
Muita coragem desse médico em associar sua imagem e reputação a este governo(?), ainda mais num ambiente polarizado, conhecendo-se a reputação do tenente. Obviamente, ele sabe que a sua vida profissional continua depois que sair do ministério (seja amanhã, seja em 2022). Será que o salário e a exposição compensam?
O novo ministro da Saúde ainda não mostrou a que veio. Faltam campanhas insistentes e esclarecedoras na TV, falta coordenação e planejamento, falta liderança.