Assim como Jair Bolsonaro, o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, também é defensor do uso da cloroquina no tratamento da covid-19, mesmo sem respaldo científico. Ele classificou o medicamento como “eficaz”.
Na noite de quinta-feira (14), em mensagem publicada no Twitter, Maduro escreveu: “Parabenizo a comunidade científica de saúde do nosso país, que trabalha com boa fé e amor para proteger a saúde das pessoas. Com eles, avançamos na produção de difosfato de cloroquina, um medicamento eficaz para o tratamento contra o Covid-19. Sim, nós podemos Venezuela!”
Felicito al personal científico de la salud de nuestro país, quienes trabajan con buena fe y amor para proteger la salud del pueblo. Con ellos avanzamos en la producción de Cloroquina Difosfato, fármaco efectivo para el tratamiento contra el Covid-19. ¡Sí Se Puede Venezuela! pic.twitter.com/Tsd9ZHbgau
— Nicolás Maduro (@NicolasMaduro) May 15, 2020
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Com uma população de 28 milhões de habitantes, a Venezuela tem uma das menores taxas de contágio da América Latina. Oficialmente, foram registradas 10 mortes e 455 casos confirmados da doença.
Algumas das medidas adotadas por Maduro durante a pandemia incluem o congelamento de preços e a suspensão da cobrança de alugueis por seis meses.
O presidente brasileiro também é ferrenho defensor do uso do medicamento para combater a covid-19. A insistência levou, nesta sexta, à demissão de Nelson Teich do Ministério da Saúde. Assim como Luiz Henrique Mandetta, Teich resistiu a concordar com o presidente com relação à eficácia da droga.
A comunidade científica internacional ainda não chegou a um consenso sobre o medicamento no tratamento do coronavírus. No Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM) entendeu que não há evidências científicas sólidas de que a cloroquina e a hidroxicloroquina tenham efeito confirmado na prevenção e tratamento da covid-19. O posicionamento da entidade foi levado ao presidente Bolsonaro no dia 23 de abril.
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