O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quarta-feira (24) que a sua gestão e o governo têm compromisso com a transparência. Porém, desconversou sobre uma alteração feita nos critérios de notificação da covid-19 que causa a diminuição artificial do número de casos: “Eu não sou maquiador, sou médico”, disse o ministro.
“Nós vamos colocar os dados de maneira clara, não apenas em relação a óbitos como em relação à disponibilidade de leitos”, disse. No final da tarde, no entanto, a pasta desistiu de adotar o novo método de notificação, segundo informou o site G1.
Queiroga disse que o ministério e o governo federal assumem, como primeiro compromisso da sua gestão, vacinar até 1 milhão de pessoas por dia. Em sua primeira coletiva após assumir o cago, o cardiologista disse que a meta, mais de três vezes maior que o aplicado diariamente no Brasil, teria sido um pedido do presidente Jair Bolsonaro.
“É uma meta que eu digo para vocês que é plausível”, disse Queiroga. O ministro também confirmou que vai visitar hospitais para mostrar a presença do ministério e a solidariedade com pessoas e profissionais de saúde. Até hoje, o presidente Bolsonaro não visitou vítimas da covid-19 em hospitais.
Queiroga indicou o nome de dois membros da sua equipe: Rodrigo Castro será o secretário-executivo da pasta, e Sergio Okane assumirá a Secretaria de Atenção Especializada à Saúde. O ministro – o quarto em menos de um ano – também disse que pretende criar uma secretaria especializada na pandemia.
O novo ministro, no entanto, evitou fazer críticas a medicamentos ineficazes no tratamento da covid-19, como a cloroquina, divulgados como um suposto “tratamento precoce” pelo presidente. Queiroga também evitou apoiar medidas de restrição de circulação. “Até porque a população não adere ao lockdown”, disse.
Queiroga pediu um “voto de confiança” à imprensa para a sua gestão. O ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse que os veículos de comunicação deveriam, em vez de formar um consórcio que analise apenas as mortes diárias causadas pela covid-19, também tratem do ritmo de vacinação.
“É importante que a gente acompanhe também o ritmo de vacinação – que o foco não fique apenas no número de mortos e no governo federal”, disse o ministro Faria . Tal medição já é feita pelos veículos de comunicação. O Ministério da Saúde, no entanto, não divulga tais dados.
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Ja já vem bovino defendendo mais essa… estamos no pior país do planeta quanto à pandemia, e desde meados de 2020 o Ministério da Saúde parou de divulgar os dados, que são apurados por meio de um consórcio entre imprensa, prefeituras e governos estaduais. Na política genocida do mito, os dados reais vão atrapalhar sua reeleição… ele prefere atingir a meta de 1 milhão de mortos, ao invés de ganhar no primeiro turno em 2022 caso liderasse uma ampla campanha de vacinação desde agosto do ano passado, quando a Pifzer foi completamente ignorada sobre as 80 milhões de doses de sua vacinas para o povo brasileiro.