A Fiocruz entregou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o pedido emergencial para dois milhões de vacinas prontas que serão importadas do Instituto Serum, um dos centros capacitados pela AstraZeneca para a produção da vacina na Índia.
“Este é um momento histórico para a Fiocruz. A submissão desse pedido de autorização para uso emergencial da nossa vacina covid-19, desenvolvida em parceria com a unidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca, é um passo importante para que possamos ter acessível, no Programa Nacional de Imunizações (PNI), uma vacina eficaz e segura para o Sistema Único de Saúde”, diz a presidente a Fiocruz, Nísia Trindade Lima.
Segundo a Anvisa, o prazo para a análise do pedido de uso emergencial é de dez dias. No entanto, a avaliação do pedido de registro definitivo pode levar até 60 dias. A data certa para a chegada dessas vacinas será confirmada “em breve”, diz a Fundação.
“Bio-Manguinhos vem trabalhando incansavelmente para que o Brasil tenha a vacina covid-19. As doses prontas devem chegar nos próximos dias e isso vai permitir que o Ministério da Saúde possa colocar em prática a vacinação no país o quanto antes”, relata o diretor de Bio-Manguinhos, Maurício Zuma.
De acordo com a Fiocruz, com apenas uma dose, a vacina alcança 73% de eficácia, além de proteger contra o surgimento de sintomas graves e evitar, em 100%, os casos de hospitalização. Além disso, diz a Fiocruz, a vacina é capaz de induzir a produção de anticorpos em 98% das pessoas após a primeira dose e, em 99% delas, após a segunda dose, o que demonstra a alta taxa de soroconversão. Segundo evidências apontadas pelos estudos, quando aplicada uma segunda dose com intervalo de três meses, a produção de anticorpos e da resposta imunológica aumentaria cerca de oito vezes.
Mais cedo, a Anvisa recebeu o pedido de registro emergencial da Coronavac no Brasil pelo Instituto Butantan, que conduz os estudos da vacina sino-brasileira no país.
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