No mês em que a Lei da Reforma Psiquiátrica completa 20 anos, parlamentares e figuras públicas seguem se referindo a má gestão do governo Bolsonaro diante da pandemia de forma patológica. Recentemente, o deputado Fausto Pinato (PP-SP), presidente da Frente Parlamentar Brasil-China, disse suspeitar de “doença mental” do chefe de Estado brasileiro. A crítica veio após o presidente dizer que a China teria utilizado o vírus da covid-19 como parte de uma “guerra química” para obter vantagens econômicas.
Segundo o psiquiatra e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Deivisson Vianna, atribuir irresponsavelmente um diagnóstico às ações do presidente causa estigmatização da pessoa com algum transtorno mental. “Chamar Bolsonaro de louco é desresponsabilizá-lo por seus atos”, diz. “As pessoas utilizam uma terminologia de um jeito preconceituoso. Existe até hoje a percepção que as pessoas que possuem doenças mentais são pessoas perigosas, mas isso não é verdade”, explica.
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Na nota pública assinada pela Frente Brasil-China Fausto Pinato afirmou estar preocupado sobre um “possível desvio de personalidade da maior autoridade de Brasil”. E continua: “A meu ver, não se trata de uma pessoa irresponsável, desequilibrada e sem noção de mundo. Na verdade, pode tratar-se de uma grave doença mental que faz o nosso presidente confundir realidade com ficção”.
Por fim, o parlamentar conclui: “Penso que estamos diante de um caso em que recomenda-se interdição civil para tratamento médico”. O deputado é advogado e, segundo ele, não contou com apoio de profissionais da saúde para fazer essa declaração.
“Eu sou uma pessoa leiga. Percebo que o presidente é contraditório, ele não é normal, não tem o comportamento de alguém normal. Ele faz pouco caso da pandemia, é contra o distanciamento social, não compra os equipamentos de proteção individual, briga com nosso maior parceiro internacional. Eu vejo que ele dissocia a realidade”, diz o parlamentar ao Congresso em Foco.
O doutor Deivisson Vianna, que também faz parte da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), ressalta que pesquisadores do campo da saúde mental estão constantemente em audiência públicas e conferências explicando cientificamente que, os problemas mentais “não são doenças pura e simplesmente”, elas depende muito de outros fatores, como onde a pessoa vive, predisposições genéticas, os acontecimentos cotidianos, respostas às emoções.
Segundo ele a maneira adequada de se referir ao chefe do Executivo é “apenas como presidente Jair Bolsonaro”. O comportamento dele deve ser descrito politicamente. “Ele não está conseguindo controlar a pandemia, possui inabilidade de articulação política, por exemplo. Caso essa descrição clara não seja feita, o discurso fica empobrecido e preconceituoso”, diz o médico.
“Os diagnósticos atribuídos irresponsavelmente se tornaram uma linguagem corrente e trazem desserviço para a sociedade. A gente não fala ‘estou triste por que alguém morreu’, falamos estou ‘depressivo’. A nossa comunicação se tornou perigosa porque se tornou mais julgadora”, alerta o professor.
O psiquiatra ainda afirma que, todos são prejudicados pelo uso indevido dessas expressões, mas as pessoas que têm um diagnóstico são mais impactadas. Exemplo claro é o termo “maníaco do parque”, nome pejorativo dado pela imprensa a um caso de assassinato. “Pessoas que tem casos de mania, nome técnico para um quadro de euforia vista em pessoas ansiosas ou bipolares, por exemplo, passam a ficar estigmatizadas por essas denominações”.
Reforma Psiquiátrica e Luta Antimanicomial
A partir dos anos 1990, a Reforma Psiquiátrica ganhou força no Brasil, mas apenas em 2001 houve a promulgação da Lei nº 10.216, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. A partir de então, tratamentos passaram a ser desestigmatizados, manicômios e hospitais psiquiátricos diminuíram, aumentando assim a diversidade da Rede de Atenção Psicossocial. A Lei, celebrada pelos movimentos antimanicomiais de todo o país, completou 20 anos na última quinta-feira (6).
No início da gestão, Jair Bolsonaro fez alterações na Política Nacional de Saúde Mental. “A desinstitucionalização não será mais sinônimo de fechamento de leitos e de Hospitais Psiquiátricos”, diz a nova Política Nacional de Saúde Mental. Segundo o texto, o Brasil conta hoje com uma cobertura deficitária nesta modalidade assistencial. Além disso, tratamento como a eletroconvulsoterapia (ECT), conhecida popularmente como “eletrochoque” também é previsto.
A presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Reforma Psiquiátrica, deputada Érika Kokay (PT-DF), diz que os termos utilizados por seu colega configuram “patologização da necropolítica”. Com isso, diz, se nega “o caráter fascista do projeto de governo”. “As políticas em saúde mental lidam com a liberdade, com o convívio com o diferente, com a tolerância, Bolsonaro representa o contrário disso tudo”, aponta a parlamentar.
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Thaís Rodrigues é repórter do Programa de Diversidade nas Redações realizado pela Énois – Laboratório de Jornalismo, com o apoio do Google News Initiative.
Essa articulista só procura cacas prá reportagens, evolua. Olha as figuras que desfiam teses aí!!!…
Aceita que doi menos. E deixa de mimimi.
De médico e louco todos temos um pouco. Tá valendo.kkkk. ah tá…ele não quebrou o país com sua loucura..?
Quebrou intencionalmente, conscientemente. Quebrou qnd deixou de comprar as vacinas, qnd desestimulou o uso de máscaras (pq é fresco), qnd promoveu aglomerações… em resumo: GENOCIDA
Vc e a maioria dos que querem manter os privilégios postam cada .m…..kkkk
Falou o gado… se eu tivesse privilégios, não reclamaria. Mas vc gosta de ser feito de trouxa, que lhe passem para trás… problema seu.
Sem noção dos fatos o senhor..essa tática nós já conhecemos. Desestabilizar a situação pra fortalecer a continuidade da roubalheira. Passar bem..
“Pior cego é aquele que não vê”… ou se faz de trouxa.
– político de carreira, trouxe os filhos pra política, transações financeiras estranhas, falastrão covarde, comprou o centrão e não existe corrupção…
Para mim como leigo, uma pessoa com transtornos mentais pela sua incapacidade de ter senso racional, discernimento cognitivo e faculdades morais pode tomar uma atitude que prejudiquem a coletividade, muitas vezes incluindo a si próprio.
Não parece ser o caso do Bozo no seu histórico com o serviço público, desde os tempos de milico, na medida que sempre pautou seu atos por busca de melhores condições financeiras de forma deliberada: seja ameaçando atentandos pra reivindicar melhor soldo, depois como parlamentar, obrigando servidores a dividirem salários com ele.
A esta altura da vida, ele (ou seus apaninguados) se premidos por ameaça de responsabilização judicial, alegar problemas psíquicos pra ser declarado inimputável é, por exemplo, debochar dos milhares de mortos pela covid, que ele com seu negacionismo ajudou a influenciar, tendo em vista o grau precário de instrução e escolaridade da imensa maioria do povo, que por isso mesmo, naturalmente tem na figura do mandatário da nação, exemplo a ser seguido. E sabemos que assim aconteceu, de acordo com várias notícias publicadas desde o ano passado: gente que tomou cloroquina porque o presidente insiste que é útil, etc
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Se é louco, eu não tenho capacidade de confirmar. Mas tenho certeza que é GENOCIDA
Rapaz!…Vc sabe categóricamente o que significa a palavra “genocida”?, se esse cara o presidente fosse um de verdade, vc já não estaria por aqui replicando asneiras que escuta por aí…
Se esse GENOCIDA que diz ser presidente mas não governa fosse um presidente de verdade, ninguém reclamaria. Chora gado, o impeachment está chegando.
Rapaz!…Acorda!…Essa coisa ou “causa”que o corrói não deixa portadores como vc, ter discernimento!…Olha o sol, as ruas, as pessoas como são, veja a realidade!…Tá com uma idéia fixa na cabeça né!…Já votei na esquerda, e a própria esquerda foi dominada a muito tempo. O Bolsonaro é o Presidente atual, terão outros, da esquerda ou”direita”, usar termos que não conhece é lamentável!…
Você foi trouxa na época do pt e tá sendo trouxa na época do GENOCIDA. Será trouxa também no próximo governo que com certeza não será do bostonaro?
Bolsonaro parece ter transtornos psíquicos graves, inclusive para leigos em psicologia e psiquiatria. Quanto a sua responsabilidade pelo que diz e faz, se tem culpa ou se a culpa é maior ou menor, isso é extremamente difícil, talvez impossível, de avaliar. Em princípio, o fato de a pessoa ter transtornos psíquicos graves contitui atenuante, mas como avaliar a medida em que isso atenua a responsabilidade e a culpa de um enfermo mental, seja ele Bolsonaro ou outra pessoa?
Em todo caso ele não tem capacidade de dirigir o Brasil e deve ser interditado quanto antes.
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