Pioneira no atendimento de pacientes com covid-19 no Brasil, a médica pneumologista e pesquisadora da Fiocruz Margareth Dalcomo se emocionou ao discursar sobre a situação da vacinação no Brasil.
Nesta quarta-feira (20), ao receber o prêmio São Sebastião, no Rio de Janeiro, Margareth disse ser “absolutamente inaceitável” a falta das doses do imunizante no país.
Para ela, “as gestões diplomáticas do Brasil “fracassaram” nas negociações pela vacina.
“A incompetência diplomática do Brasil não permite que cada um dos senhores aqui presentes, suas famílias e aqueles que vocês amam, esteja amanhã ou nos próximos meses de acordo com o cronograma elaborado recebendo a única solução que há para uma doença como a covid-19.”
Ela classificou a situação como injustificável que o Brasil ainda não tenha vacinas suficientes.
“É hora de a sociedade brasileira mostrar realmente o que eu tenho tentado chamar atenção como médica e cidadã de consciência cívica: é absolutamente inaceitável que, neste momento, no Brasil, acabamos de receber a notícia de que as vacinas não virão da China e não virão da Índia”, disse.
O prêmio São Sebastião de Cultura é entregue pela Associação Cultural da Arquidiocese do Rio, presidida por Carlos Alberto Serpa, desde 1993, no Rio de Janeiro. O cardeal Dom Orani Tempesta, arcebispo da cidade, também estava no evento.
O vídeo da fala de Margareth foi compartilhado nas redes sociais pela deputada federal Jandira Feghali (PC do B -RJ). Assista:
EXCELENTE FALA DA DRA MARGARETH DALCOMO, DA FIOCRUZ! Nos representa!!!!!! pic.twitter.com/XwBmHIbX2m
— Jandira Feghali :brasil::bandeira_triangular: (@jandira_feghali) January 20, 2021
Produção de vacinas adiada
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), da qual a médica Margareth Dalcomo faz parte, adiou para março a entrega das primeiras doses da vacina contra a covid-19 a ser produzidas no Brasil, em parceria com a Universidade de Oxford e a AstraZeneca.
A previsão inicial era de que as unidades começariam a ser fornecidas em fevereiro.
A vacina desenvolvida por Oxford/Astrazeneca é a principal aposta do governo federal para o Programa Nacional de Imunização. O adiamento divulgado nesta terça-feira (19) aumentou as incertezas sobre quando a maior parte da população será vacinada.
Para fabricar o imunizante no Brasil, a fundação precisa importar o chamado ingrediente farmacêutico ativo (IFA). No entanto, no comunicado ao MPF, como revelou o jornal Estado de São Paulo, a Fiocruz informa que deve receber o material no dia 23 de janeiro, mas cita que a data ainda não foi confirmada.
Além das doses a ser fabricadas no Brasil, o Ministério da Saúde conta com 2 milhões de doses prontas a ser importadas do laboratório indiano Serum da Índia, mas não há previsão para a chegada das doses do imunizante. Hoje o país começou a exportação das vacinas para seis países, porém o Brasil não consta na lista.
> Brasil pode ter 2021 pior que 2020 mesmo com vacina, diz ex-presidente da Anvisa
Se esses institutos de pesquisas em vacinas estivessem no tempo da ”ditadura”, iriam ter que pesquisar vacinas.
E não ficar embalando vacinas pesquisadas, criadas e enviadas prontas por outros países.
Como tudo que é público no Brazil, foi aparelhado ideologicamente por incompetentes e parasitas bem remunerados ideológicos.
Todos os países do mundo com alguma ciência estão pesquisando alguma coisa.
Aqui querem que o governo compre dos outros e aplique.
É isso no que a ”democracia” transformou o serviço público no Brazil
Com todo o respeito a essa senhora, mas se pensarmos: Com 1 bilhão e trezentos milhões de habitantes prá serem vacinados a India nem deveria vender uma única dose de sua vacina!…O mesmo se aplica à China com seus 1 bilhão e quatrocentos milhões. O Brasil que se vire e já está programando ao a produção para até o fim do primeiro semestre de 300 milhões de dose feitas aqui mesmo.Acorde madame!…Ou a senhora achou que seria diferente!…País que está se especializando em somente produzir soja, tem que ficar na fila!
Infelizmente a vacina é hoje um bem de consumo disputado em todo o mundo, apesar do Brasil ter se antecipado no caso da vacina de Oxford/Astra Zeneca, algumas empresas tem dificuldades de cumprir contratos quando são pressionadas por outros países mais poderosos que também querem o mesmo produto. O caso da China não é diferente, quando era só o Dória e já faziam quinze dias que os insumos estavam atrasados aí não havia problema diplomático nenhum. Fala sério!
A Fiocruz não vai conseguir entregar a Vacina?
Mas péra lá!
E ouvi na tarde de terça-feira na Band News que já estava tudo certo para a vacinação.
Não se passaram nem 48 horas desde a festa de políticos, padres e jornalistas ao pé do Cristo Redentor, com uso de helicópteros, carros blindados, imprensa e já acabou o plano todo?