Acabo de ler Submissão (Alfaguara), de Michel Houllebecq, uma distopia (que poderá certamente virar realidade, tem tudo para) que ocorre na França de 2020, quando o candidato da Fraternidade Muçulmana, Mohammed Ben Abbes, se torna presidente da França e lá vai implantar o islamismo, que aliás se pede e se entende tão universal quanto o comunismo da primeira internacional (e isso é TÃO francês, as valas do Somme e a Primeira Guerra Mundial). “Ou tudo é Islã – o mundo inteiro – ou não é”.
Submissão é a total submissão das mulheres ao homem e do homem a Alá e a consequente implantação duma distópica Eurábia (com a anexação à Europa dos países Árabes). Pois ocorre a total falência do projeto ocidental, do casamento monogâmico, do humanismo, do individualismo, dos direitos humanos, do Cristo et alli. Um distopia machista, antifeminista.
Um canalha total esse Michel The Horror Houllebecq – até que eu vi as fotografias do cara no Google: pois é, existe alguém aí que ainda daria pra ele??? Se eu fosse homem, heterossexual e tivesse essa cara, eu também teria ódio de mulher.
O romance é um romanção bem legal (desses que o Chico Buarque tenta emplacar e não consegue, pois ele não é intelectualmente desonesto como MH), bem bolado, tipo de aeroporto, claro, mas com uma certa finesse, vocês leem num pincho.
Infelizmente a tradução (Rosa Freire d’Aguiar), como sempre, rateia à beça, a moça tem um vocabulário dos mais pobres, mais ingênuos, gírias inapropriadas, aproximações de coloquial todas erradas (o mesmo problema das dublagens e legendas no cinema) etc.etc.etc., aquela velha merda da edição no Brasil, isto é, dum país que não sabe pensar por escrito.
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