O Diap, como faz todo ano desde 1994, concluiu a pesquisa de 2013 que elegeu os “Dez Parlamentares mais influentes” do Poder Legislativo, de acordo com a percepção dos “100 Cabeças do Congresso” sobre o poder e a capacidade de liderança dos eleitos na definição da agenda legislativa. A consulta aconteceu entre 25 de setembro e 8 de novembro e votaram 65 “Cabeças”, sendo 37 deputados e 28 senadores.
Entre os escolhidos, 11 devido a empate no 10º lugar, estão seis deputados e cinco senadores, conforme tabela a seguir:
Posição |
Nome |
Nº de votos |
Status |
1º |
Deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) |
31 |
Presidente da Câmara dos Deputados |
2º |
Deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) |
28 |
Líder do PMDB na Câmara dos Deputados |
3º |
Deputado Arlndo Chinaglia (PT-SP) |
26 |
Líder do Governo Dilma na Câmara dos Deputados |
4º |
Senador Renan Calheiros (PMDB-AL) |
25 |
Presidente do Senador Federal e do Congresso Nacional |
5º |
Senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP)’ |
19 |
Líder do PSDB no Senado Federal |
6º |
Deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) |
17 |
Líder do DEM na Câmara dos Deputados |
7º |
Senador Romero Jucá (PMDB-RR) |
16 |
Vice-líder do Bloco da Maioria no Senado Federal |
8º |
Deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP) |
14 |
Líder do PSDB na Câmara dos Deputados |
9º |
Deputados José Guimarães (PT-CE) |
13 |
Líder do PT na Câmara dos Deputados |
10º |
Senador Aécio Neves (PSDB-MG) Senador Walter Pinheiro (PT-BA) |
12 |
Presidente Nacional do PSDB Vice-líder do PT no Senado Federal |
Fonte: DIAP – Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar
Como se pode depreender do resultado, quatro características chamam a atenção: a) equilíbrio entre situação e oposição; b) há a presença de representantes de quatro das cinco regiões entre os mais influentes, ainda que o sudeste tenha preponderado; c) os partidos mais atuantes e representativos garantiram presença na elite parlamentar; e d) os votantes valorizaram a posição institucional dos parlamentares já que todos os eleitos são líderes, vice-líderes, presidente de partidos ou presidentes das Casas Legislativas.
No plano regional, com exceção da região sul, todas as demais tiveram representação entre os mais influentes do Poder Legislativo. O sudeste lidera com cinco parlamentares, sendo três deputados e dois senadores, dos quais três de São Paulo, um do Rio de Janeiro e outro de Minas Gerais. A região nordeste vem em segundo lugar, com quatro representantes, sendo dois deputados, um do Rio Grande do Norte e outro do Ceará, e dois senadores, um da Bahia e outro de Alagoas. As regiões norte e centro-oeste estão representadas, respectivamente, por um senador e um deputado.
Partidariamente, lideram a lista o PMDB, com quatro representantes, sendo dois deputados e dois senadores. Em seguida vêm o PT e PSDB, empatados com três cada, sendo respectivamente, dois deputados e um senador e dois senadores e um deputado. O DEM está representado por um deputado entre os mais influentes.
O critério de escolha dos votantes, a julgar pelo resultado, considerou o aspecto institucional o mais importantes, a ponto de todos os escolhidos estarem exercendo algum cargo ou missão institucional, seja como líderes e vice-líderes, seja como presidente das Casas Legislativas ou de partido político.
Pela primeira vez, desde que o Diap faz a pesquisa, houve empate no décimo lugar, razão da divulgação de 11 nomes em lugar de dez. Sempre houve empate entre os dez e o critério de desempate era a ordem alfabética, mas nunca tinha acontecido na última colocação, motivo pelo qual se decidiu por divulgar os nomes dos dois senadores que ficaram em décimo lugar.
Também merecem registro, logo após os dez mais influentes, os votos recebidos por um segundo grupo de parlamentares, que vai da décima primeira até a vigésima segunda posição: 11º lugar, senador Cristovam Buarque (PDT-DF); 12º, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP); 13º, deputado Miro Teixeira (PROS-RJ); 14º senador Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE); 15º, senador José Agripino (DEM-RN); 16º, deputado Paulo Teixeira (PT-SP); 17º, senador Álvaro Dias (PSDB/PR); 18º, senadora Ana Amélia (PP-RS); 19º, deputada Luiza Erundina (PSB-SP); 20º, senador Pedro Simon (PMDB-RS), 21º, senador Vital do Rego (PMDB-PA), e 22º, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS).
No segundo grupo, diferentemente do primeiro, o critério mais reputacional do que propriamente institucional, já que dos 12 listados, apenas dois exercem postos na estrutura da Casa: um é líder partidário e outro presidente de comissão. Todos os demais não ocupam cargos institucionais, embora sejam interlocutores frequentes ou exercem relatorias de matérias relevantes.
O grau de influência dos parlamentares na definição da agenda legislativa, tendo como parâmetro a opinião dos “Cabeças do Congresso”, depende do posto ocupado, em primeiro lugar, da reputação positiva entre os colegas deputados ou senadores, em segundo, e por fim o modo como exercem seus mandatos, particularmente como atuam nas articulações, negociações e relatorias de matérias importantes.
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