Heitor Scalambrini Costa *
No Brasil atual, onde os golpistas de plantão dão as ordens, a mentira repetida muitas vezes tenta se tornar uma verdade absoluta. Nada mais esclarecedor desta afirmativa do que a discussão hoje travada sobre o “rombo da Previdência”, e a consequente mudanças nas regras da aposentadoria.
Amplos interesses econômicos convergem para o discurso de que a reforma da Previdência é necessária e inevitável. E a partir daí tudo é válido. O terrorismo midiático é aplicado para vencer a batalha da comunicação. Manchetes como “Aposentadoria sob risco”, “Desequilíbrio nas contas da
Previdência”, “Déficit compromete aposentadorias”, “Fatal rombo na Previdência” são diárias nos grandes jornalões, nas TV’s e nas rádios.
Afirmações bombásticas, verdadeiro terrorismo previdenciário, de setores do governo federal, verdadeiros operadores do capital, e dos interesses das empresas (sistema financeiro a frente), asseguram que caso a reforma não for aprovada comprometerá o pagamento da aposentadoria dos nossos “velhinhos” e “velhinhas”. E aí o mote é a retirada de direitos, o sacrifício da população trabalhadora. O que acontecerá, caso prevaleça a legislação sugerida autocraticamente pelos golpistas (PEC287/16).
Não há dúvida de que o mundo atual, com um sistema produtivo e de consumo que tem levado a população mundial a discutir a própria existência do planeta, tem provocado mudanças nos contratos de trabalho, principalmente com a introdução da tecnologia, e consequentemente a redução drástica da oferta de empregos. E assim, a participação das empresas como fonte de financiamento para pagar as aposentadorias.
A discussão atual está contaminada pelos interesses envolvidos, principalmente do sistema financeiro, operadores dos fundos de capitalização, sistema pela qual cada trabalhador tem uma conta que contribui em um determinado fundo, assim como a empresa que estiver
trabalhando. Este dinheiro é aplicado no mercado, e o que for recapitalizado será sua aposentadoria futura. O risco é grande.
O sistema que prevalece em várias partes do mundo é o da repartição. Na verdade um pacto solidário entre gerações. Cujo princípio é de que os jovens financiam as aposentadorias dos mais velhos. Obviamente o capitalismo, que cada vez mais avança sobre os direitos dos trabalhadores,
em um mercado de trabalho que cada vez mais exclui as pessoas, tem interesses em acabar com este sistema.
O que não se discute de fato são as opções e as fontes de financiamento para pagar as aposentadorias daqueles que justamente cumpriram com suas obrigações. Simplesmente há uma clara imposição de uma reforma contrária aos interesses de quem trabalha(ou).
Experiências de outros países apontam para outras soluções que não somente a penalização dos trabalhadores. Um exemplo é a Noruega, que criou um fundo soberano cuja finalidade é complementar as aposentadorias futuras, a partir dos ganhos obtidos com o petróleo e o gás.
Existem sim outras possibilidades de financiamento das aposentadorias. O que falta é vontade política de discuti-las. E sinceramente, nada podemos esperar do atual (des)governo.
* Professor aposentado da Universidade Federal de Pernambuco
Mais sobre reforma da Previdência
Se fizerem a reforma do jeito que está após feito eles vão aumentar o “bolsa partido político” para bilhões. Escrevam.
O Temer disse que quem está reclamando é quem se aposenta com mais de um salário mínimo. Mas quem se aposenta com mais não pagou mais? Então que cobrem somente o valor referente ao mínimo de cada um. O que não pode é mudar a regra no meio do jogo. E ele e os governadores que tão aposentados com mais de 50 mil por mês? Vai cortar também?
Mais uma xororô esquerdoide de gente que acha que o governo é uma imensa teta de onde o dinheiro nunca para de fluir .
Seus argumentos são baseados em saliva , mas a matemática rala , baseada apenas nas 4 operações , prova que o sistema previdenciário brasileiro há muito deixou de se autofinanciar , dependendo do dinheiro de impostos para fechar no fim de cada ano .
Uma pergunta inteligente que todos brasileiros fazem é : ” se funcionava antes , porque não funciona mais ? “.
A situação mudou . Um homem e uma mulher de 60 anos não estão mais com um´pé na cova como antigamente . Hoje encontramos pessoas com mais de 70 anos tocando e gerindo seus próprios negócios com muito mais brilhantismo que os jovens.
Avanços na medicina fazem com que as pessoas passem mais tempo vivendo como aposentada , sustentadas pelos que ainda trabalham , do que contribuindo para o sistema .
Stop .
Tudo o que disse acima colide frontalmente com o aspecto ” social e humanitário” dos discursos que são rezados na mídia brasileira , mas são fatos que uma reza não tem o poder de mudar ou eliminar .
As contribuições para a aposentadoria tem que se equilibrar entre a arrecadação e despesa . Qualquer coisa diferente disto é militância burra .
Este é o mal no Brasil . Estupidos como aquele que escreveu o artigo acima , acha que saliva é o remédio universal para todos os males que afigem nossa sociedade .
Vamos voltar um pouco atrás .
No governo da ditadura , foi bolado o FGTS . Foi uma gritaria da esquerdalha burra brasileira . Era um golpe contar os direitos do trabalhador brasileiros , mas no fim , hoje em dia , todo brasileiro sabe o quanto tem para receber , coisa que nunca soube antes . Aqueles que criticaram naquela época , hoje estão quietinhos , talvez checando no computador quanto terão para receber na na liberação do FGTS próxima .
São cães que latem sem nenhuma responsabilidade.
Sabia que o governo pega dinheiro do INSS para investir em outras áreas, através do DRU (Desvinculação das Receitas da União)?
Sabia que empresas devem bilhões à previdência?
Sabia que a previdência dá tanto dinheiro e por isso nunca cogitaram em privatizá-la?
Não sabia? Então pesquise sobre isso, vai expandir seus conhecimentos.
Desculpe , o que o cú tem a ver com as calças ? Estou falando de uma coisa e você está falando de outra que não tem nada a ver com o que eu disse . Se você fizer um exame no Enem , seu entendimento de texto leva nota zero.
Vc criticou o articulista, pois ele fala que não existe rombo na previdência. Eu te apresentei argumentos contrários à sua crítica, mas vc tem razão eu que não sei interpretar rsss…
Na verdade, há mais do que 4 operações matemáticas: você esqueceu da potenciação e radiciação.