Lucas Ferraz
Muitos deputados ficaram surpresos ao tomarem conhecimento das condições de segurança da Câmara relatadas pelo setor de prevenção a incêndio da Casa. A surpresa maior ficou por conta da situação do plenário, local onde os parlamentares se reúnem principalmente de terça a quinta-feira.
Para Luciana Genro (Psol-RS), o Congresso precisa dar o exemplo no quesito segurança. “Muitas empresas não cumprem normas de segurança, nós deveríamos ser exemplo. Além do que, não gostaria de morrer queimada”, disse.
Júlio Delgado (PSB-MG) afirmou que os problemas precisam ser “analisados, mas não são a prioridade”. “As reformas precisam ser feitas durante o recesso. Portanto, agora, só em dezembro”, disse.
Cândido Vaccarezza (PT-SP) diz que a Câmara precisa de uma “ampla e profunda” reforma. “A Casa precisa de uma reestruturação, para proporcionar mais segurança e conforto para os parlamentares e funcionários”, diz ele. Apesar disso, Vacarezza declara não ter nenhum temor de que um incêndio aconteça.
Opinião oposta tem o ex-ministro da Educação do governo FHC e atual deputado Paulo Renato Souza (PSDB-SP). Ele se diz muito preocupado com as questões de segurança da Casa. “Acho o plenário muito mal feito. Em um incêndio, com ele cheio, vai morrer muita gente. O edifício é muito antigo e não foi adaptado às questões de segurança. Há poucas saídas e não há luzes de emergência”, observa o deputado.
Já o deputado Sílvio Costa (PMN-PE) brinca: “Do jeito que o povo gosta desta Casa, um incêndio qualquer produziria um grande estrago”.
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